quarta-feira, 23 de julho de 2008

DORES DE AMOR


Apesar de te amar, de te querer demais,
De estar sempre pensando em você
Sei que não lhe terei jamais
Por muito que seja o meu viver

É um amor estranho, ilógico, incompreensível,
Pois você parece distante, egoísta, e até interesseira
É muito trancada, parece insensível,
E em muitos momentos chega até ser grosseira.

Mas o coração é terra onde não existe a razão
Lá só cabem os sentimentos, as emoções,
As normas de convivência, de amizade, onde estão?
Pra elas não tem lugar nesses corações.


Fiz tudo que pude pra tentar descortinar o seu ser
Fui terno, carinhoso, ríspido, paciente,
Mas você, como uma figura que sentimentos não parece ter,
Tranca-se no seu castelo, apenas com o material em mente,

Lembranças lindas são as de nossas intimidades,
Quando se abriram frestas dos seus sentimentos,
Você mostrando sorrisos e olhares de felicidade,
Em alguns de nossos felizes, ternos e eróticos momentos.

Ainda guardo muitas de suas mensagens, de suas confissões,
Algumas reveladoras de um imenso querer,
São mais que palavras, são desabafos, são emoções,
Revelam o seu desejo de comigo chegar ao maior prazer.

Embora eu não queira racionalmente admitir, pensar,
Ainda me resta uma pequena, uma tênue esperança
De ainda voltar a sentir seu corpo, lhe abraçar,
Para avivar ainda mais a sua continuada lembrança.

À sua ascendência índia debito o seu ser,
Povo difícil de ser amigo, de se confiar,
Até que às vezes você se esforça, quer de nós esperar,
Amizade, exclusividade, e certeza de lhe amar.

De você não espero grandes demonstrações seja de amor ou amizade,
Os seus temores, as suas incertezas e desconfianças não lhe deixarão,
Apenas tenha a certeza que guardo com muita saudade,
Os momentos íntimos de amor e tesão que jamais se apagarão.

FÉ E REALIDADE DE VIDA


Todos os que me lêem neste momento já devem ter ouvido falar na história de Jô, como relatado no antigo testamento, “um homem íntegro, reto, que temia a Deus e fugia do mal”.
Como Satanás perguntou a Deus: “é a troco de nada que Jô teme a Deus? E continua no seu questionamento a Deus: “Não cercaste como de uma muralha a sua pessoa, a sua casa e todos os seus bens?”. “Mas estende a tua mão e toca em tudo que ele possui; juro-te que te amaldiçoará na Tua face.”
Mas a confiança de Deus na fé de Jó era tão grande que ele permite que Satanás atinja tudo o que pertence ao mesmo, exceto sua própria pessoa.
E paulatinamente o homem de fé começa a perder tudo, desde a família aos seus inúmeros bens materiais.
Mas a sua fé era inquebrantável e ele resiste a tudo, sempre perseverando, e ao final, em reconhecimento, “o Senhor o restabeleceu de novo em seu primeiro estado e lhe tornou em dobro tudo o que tinha possuído. E “o Senhor abençoou os últimos tempos de Jó mais do que os primeiros...”
Meus amigos, minhas amigas, o que percebemos muito na nossa realidade de vida é exatamente o contrário; nas aflições familiares, principalmente aquelas relacionadas à perda da estabilidade financeira, acontecem a desagregação, a desunião, os desvios de conduta, etc. Os casos mais divulgados são aqueles relacionados à seca do nordeste, quando os chefes de família desesperados, fugiam para buscar emprego, ajuda, conforto, em outras plagas.
Como combater esse terrível mal que acontece e ainda vai acontecer entre as famílias? Aqui vão algumas sugestões meus prezados irmãos.
1. Não existe homem ou mulher no mundo que não se desestruture, ou inicie esse processo em face de uma situação de infortúnio, se não confiar um pouco que seja, na providência de Deus;
2. É claro que essa confiança sempre será permeada com fases ou momentos de dúvidas e incertezas (somos humanos), mas esse homem ou mulher sempre estará se levantando para voltar a caminhar;
3. Nessa fase difícil de vida você fica bastante carente, às vezes revoltado, impaciente, de mau humor, auto-estima lá em baixo, e muitas pessoas tornam-se reclusas, não querendo falar ou ver praticamente ninguém;
4. Para isso, o fortalecimento das origens religiosas de cada um, seja através de grupos de catequese de jovens e adultos, os movimentos leigos de pastorais, os grupos de oração nos lares, o compromisso permanente com a Igreja através da freqüência semanal à missa ou culto entre outros, são fatores fundamentais que dificultarão a nossa desistência ou negação da providência de Deus;
5. Manter-se ocupado (a) o tempo todo. O remédio para a depressão é a ocupação. Procure uma atividade seja ela qual for, para que você afaste os maus pensamentos. Procure ler, assistir filmes, encontrar os amigos (apenas aqueles que não irão cobrar-lhe outra coisa que não a sua companhia), escrever, estudar, exercitar-se, e caminhando sempre em direção ao seu objetivo maior que tiver definido para a sua vida;
6. E se você ainda tiver família, faça um esforço (muito esforço) para não atingi-la com suas descargas de mau humor;
7. Se nada disso adiantar, ainda lhe restam as ajudas médicas, que através de drogas poderão aliviar-lhe parte dos sofrimentos. Mas lembrem-se, sozinhos os médicos não lhe curarão; você é que com o seu livre arbítrio deverá escolher entre a vida plena ou a meia vida e o sofrimento atroz da dor de suas perdas, da sua vaidade atingida, da sua submissão a uma nova realidade onde você não dará as cartas sozinho, será mais um na mesa do jogo. É muito duro, é penoso, chega a ser cruel, é uma realidade que pode parecer um castigo, ou ser interpretada como uma provação de vida;
8. Enfim, tal como Jô, se você conseguir sobreviver, será recompensado (tem que ter paciência), e suas desditas terão um fim, que será um novo recomeço para a sua nova fase de vida. E que Deus lhe acompanhe !