terça-feira, 21 de novembro de 2017

Os políticos contra o Brasil

DIÁRIO DE UM CIDADÃO

OS POLÍTICOS CONTRA O BRASIL

21.11.2017

Resultado de imagem para barco a velaTomei conhecimento de política ainda bem novo, quando em 1954 minha mãe me puxou pelo braço enquanto eu ouvia na Praça da Piedade um auto falante  anunciando a morte de Getúlio Vargas, e ela me explicou que ele era o presidente. Lembro-me também de ler uma revista da época (o Cruzeiro), que relatava o atentado contra Carlos Lacerda, então ferrenho opositor a Getúlio, este suspeito de ser o mandante do atentado. Também estão na lembrança algumas campanhas políticas,  as ruas coalhadas de santinhos, e as conversas de compra de votos que jamais deram em processo algum.
Já na faculdade, fazendo administração junto à Piedade, envolvi-me na política estudantil, fui eleito vice presidente do Diretório e depois presidente, mas sempre discursando contra as injustiças sociais, para onde não víamos o governo voltar os olhos para minorar os seus trágicos efeitos para os mais necessitados. Uma das primeiras lutas da época foi contra o acordo MEC-USAID que eliminou um ano de estudo do primeiro grau (primário e ginásio), impôs o modelo norte-americano de ensino às universidades brasileiras, tendo em vista que o ensino superior deveria ter um papel estratégico. Está provado, no entanto, que o ensino básico é que é a verdadeira alavanca cultural de um país. Revoltava-nos contra a submissão cultural. O governo aceitou e implantou. Como estávamos na ditadura e não havia oposição dos políticos profissionais (alguns amordaçados e outros comprados), só restava à política estudantil fazer as vezes da oposição. O povo em geral e os estudantes daquela década de 60 ainda acreditavam nas vias políticas para resolver os problemas do Brasil.
Nessa época alguns políticos se destacavam como oposição em âmbito nacional, destacando-se Fernando Henrique Cardoso que voltou do exílio em 1968 e coordenou a plataforma eleitoral do MDB. Dez anos depois Lula aparecia e também suscitou alguma confiança e esperança no eleitorado.
A desconfiança com os políticos brasileiros não é fato novo. A história registra corrupção desde a chegada de D.João VI ao Brasil, quando noticiou-se a cobrança de 17% de propina para que os processos se movimentassem. Nessa época de Lava-Jato estamos vendo escancarado o ventre do que existe de pior na roubalheira do meio político. Nunca pensei de ver político algum ser preso, e agora estamos vendo dezenas na cadeia e processados. As consequências do roubo descarado dos políticos que nos assaltam vê-se na destruição da assistência à saúde, na segurança, na educação. Hoje meus olhos marejaram assistindo um relato em que uma criança desmaiou de fome na escola, assaltada pela administração municipal no serviço de merenda escolar.
Nós brasileiros estamos convictos de que essa raça estranha de políticos trabalha contra o Brasil. Os brasileiros estão tendo NOJO dessa cambada que em vez de trabalhar para nós, trabalha contra, extorquindo da sociedade altos salários, sem fazer jus a um centavo sequer, facilitando os discursos de quem torce pela intervenção militar; “vade retro satanás”.

WILTON OLIVEIRA

sábado, 11 de novembro de 2017

NOSSAS TRISTEZAS

NOSSAS TRISTEZAS

Combatendo o bom combate

11.11.2017

Resultado de imagem para barco a velaO corpo humano é uma máquina fantástica, só pode ser fruto de um Deus igualmente grandioso. Após mais de dois mil anos, a medicina continua descobrindo, novos mecanismos, novas funções, razões, novas esperanças, mas continuamos interrogando, procurando, alguns se desesperando, outros chorando, e muitas vezes sem saber por quê. O que fazer quando nos sentimos assim, aparentemente sem qualquer razão consciente? Uns chamam de depressão, outros de fraqueza de espírito, outros de tristeza passageira, mas o certo é que nenhum de nós é feliz quando assim se descobre. Muito mais infeliz ficará se permanecer inativo, sem esboçar qualquer reação de combate. Para esse tipo de assalto, tomar consciência e reagir, deve ser  a primeira defesa.
Tenho um amigo que se confessa depressivo, e quando pergunto se ele gosta de ler, assistir um filme, ouvir música, caminhar, responde que não gosta de nada. Assim é quase impossível qualquer combate. Sempre ouvi dizer que o melhor remédio para a depressão é a ocupação. Ocupe-se com alguma coisa, meu amigo! Agora mesmo estou combatendo uma tristeza desconhecida, estou escrevendo, vou beber uma cerveja, uma caipiroska, um whisky, vou apreciar o mar, e dentro em pouco estarei sorrindo. No momento estou ouvindo um rock ‘n roll e já estou quase dançando. Obrigando, Senhor!

WILTON OLIVEIRA

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

O ABANDONO POLÍTICO DO BRASIL

O ABANDONO POLÍTICO DO BRASIL

O Brasil Órfão
03.11.2017

Resultado de imagem para barcos a vela antigos“O governo baixou em R$ 10,00 de R$ 979,00 para R$ 969,00 a previsão para o salário mínimo em 2018. A redução, se confirmada, deve gerar uma economia de R$ 3 bilhões ao governo no ano que vem.
A mudança foi divulgada pelo Ministério do Planejamento. Atualmente, o salário mínimo está em R$ 937.” (notícia da G1 em 17.10.2017)

Existe notícia mais revoltante do que essa, após a vergonhosa compra de votos para livrar Temer, o qual liberou até junho 1,8 bilhão em emendas para a corja de eleitores? Tirar de quem não tem? O que vocês acham que eles merecem?
Nesse momento, a credibilidade de qualquer autoridade está próxima de zero, seja ela federal, estadual ou municipal.
Esse abandono a que estamos submetidos, principalmente para aqueles brasileiros nos rincões mais longínquos, onde a sua sobrevivência é ameaçada pela ausência de assistência municipal básica como água, energia, escolas, transporte escolar, postos de saúde, estradas, segurança pública, não parece sensibilizar a matilha política, que continua a só lutar pelos seus próprios interesses, e ainda consegue aumentar o número de municípios no Brasil, como ocorreu em 2013, com o crescimento de cinco deles, no Pará, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, unicamente para ampliar cargos e criar fontes de recursos pessoais. Sabem esses hematófagos do povo, que só na Bahia temos 173 municípios em situação de emergência. Na semana passada mais de 350 prefeitos estiveram no Centro Administrativo de cuia na mão, cobrando um bilhão de reais de royalties repassados ao Estado e não pagos aos municípios. Sabemos todos que a quase totalidade das prefeituras não dispõe de verbas próprias, vive à custa das transferências federais, basicamente. O grande projeto agora é a marcha à Brasília em 22 de novembro, quando levarão não mais uma cuia, mas um balde grande.
Enquanto isso, Brasília continua parada, mantendo Temer no poder, à custa de bilhões em compra de votos, que continuam sendo negociados no Palácio do Planalto.
Mas o que dizer aos quase 75 milhões de brasileiros que vivem no campo, e mais os que vivem em pequenas cidades? Um quarto das cidades do Brasil está em situação de emergência por seca ou chuva, enquanto um corrupto escondia em casa 52 milhões, fruto de roubos.  É uma incoerência desmedida, absurda, criminosa.
Os quase 208 milhões que constituem a população brasileira estão todos órfãos. Não vislumbramos quase nenhum político hoje do qual possamos nos orgulhar, político que batalhe pelo bem estar comum, por abrir perspectivas melhores para a sobrevivência digna dessas populações carentes, doentes, desnutridas (e que no nordeste são chamadas de homem ou mulher gabiru – de pequena estatura), semi-analfabetas, sem um futuro vislumbrado.
Uma boa parte do povo desse país “gigante pela própria natureza” está calada, mas não adormecida, está revoltada, indignada, doida para revidar com o seu voto, as agressões sociais sofridas pelos ladrões da tranquilidade da família brasileira.
Para comprar mais votos de sustentação, valeu até medidas de proteção à bancada ruralista, como foi a chamada portaria do trabalho escravo, além de abrir mão da privatização do aeroporto de Congonhas, reduto de um partido político.
Nós cidadãos temos muito que fazer além de valorizarmos o nosso voto, dá-lo a quem efetivamente for digno. Podemos também apoiar campanhas de limpeza moral e política, de reformas que venham a beneficiar o cidadão, sem onerar os cofres da nação.
Uma dessas campanhas poderia ser uma reforma municipalista, começando por reduzirmos o número de municípios do Brasil, acabarmos com salários de vereadores, e com certeza sobraria um pouco mais de recursos, pois não teríamos que custear os respectivos prefeitos, vereadores inúteis, e toda uma máquina administrativa que não serve ao município, e sim à matilha política que a governa.
Imaginem uma alteração dessas em 5.570 municípios!
EM FRENTE BRASIL!

WILTON OLIVEIRA