quinta-feira, 29 de março de 2018

O valor de acolhermos um Deus


DIÁRIO DE UM CIDADÃO


O valor de acolhermos um Deus

27.03.2018
Resultado de imagem para cruzOuvindo agora um pouco de Mozart nesta terça-feira da semana santa  de 2018, lembrei-me muito de quando na sexta-feira santa as rádios só tocavam músicas clássicas e os bares não abriam. Na época eu não entendia muito as razões de tais restrições, mas ouvia dizer que se tratava de tristeza pela morte de Jesus Cristo.
Hoje em dia raríssimas são as famílias que tentam dar alguma educação ou exemplo de cunho religioso a seus filhos, até mesmo porque talvez não tenham recebido algum. A minha educação religiosa foi formada a partir dos meus vinte e cinco anos, e a ela devo muito aos ensinamentos do saudoso Padre Gaspar Sadock, de quem recebi a primeira eucaristia, a qual me levou à segunda, consciente do seu significado. No interior ainda existem cidades e/ou distritos onde a população ainda obedece a algumas restrições, inexistentes nas capitais.
A liberalidade que tomou conta das pessoas no mundo não aceita ser tolhida em qualquer dos seus atos comportamentais daí, principalmente a juventude, não admitir que se reduza nenhum dos seus limites, deixando-a livre para dar vazão às suas extravagâncias e instintos, inclusive esquecendo até dos seus pais.
Posso garantir que, se a religião não é a resposta para todos os nossos males, a ausência dela pode agravar, e muito, o comportamento agressivo de um povo. A religião sempre foi, é e será um freio para os nossos piores instintos, e uma esperança de um futuro melhor, pela intercessão do nosso Deus.
Basta percebermos à nossa volta quem está mais em paz, mais feliz, mais acolhedor, mais sorridente, quem é mais amigo, mais querido. É quem professa alguma religião e a pratica, ou quem vive à margem, xingando, maltratando, agredindo, quase sempre de mau humor? Não tenho a menor dúvida que é o primeiro grupo. O bem atrai o bem, como o mal atrai o mal; os atos bons atraem fluidos positivos, ao contrário de quem vive se maldizendo e maltratando. O mandamento maior de Jesus, “amai-vos uns aos outros” é a máxima expressão de que só o amor verdadeiro aproxima pessoas, (mesmo distantes), e as torna leves e acolhedoras, aceitando-se entre si, apesar dos seus defeitos (e todos os temos).
Nesta semana santa, lembremo-nos de que a nossa vida é muito curta. Eu tento superar a minha natureza (que reconheço não ser fácil), e alguns obstáculos tenho ultrapassado, com a ajuda de orações.
Não podemos nem devemos desistir de sermos melhores uns com os outros, de não desejarmos o mal a ninguém.
Desejo a todos vocês dias de reflexão e de paz.
WILTON OLIVEIRA
Odisseiasentimental.blogspot.com.br

quinta-feira, 1 de março de 2018

Os dilemas das próximas eleições


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Os dilemas das próximas eleições

Resultado de imagem para barcos a velaA oito meses das próximas eleições presidenciais, o eleitor brasileiro não vislumbra qualquer nesga de luz sobre quem poderá ser o próximo presidente, principalmente agora quando o candidato forte segundo as pesquisas, dificilmente conseguirá essa candidatura, por conta da lei da ficha limpa. Os demais ainda são insignificantes, não gozam de significativa simpatia do eleitorado, embora ensaiem algum barulho.
Essa apatia da população tem origem principalmente na crise financeira agravada no governo Dilma, na Operação Lava Jato e nos seus desdobramentos, quando foram expostas as entranhas podres da quase totalidade dos políticos inúteis desse imenso Brasil, e fez o brasileiro se perguntar: para que serve essa imensa máquina das casas legislativas municipais, estaduais e federais?
Lembremo-nos amigos e amigas, que os atuais legisladores de plantão, vereadores, deputados estaduais e federais e senadores, foram eleitos antes da constituição da Lava Jato, quando já houve uma renovação, pelo menos na esfera federal de cerca de 40%. Nessas próximas eleições esperemos que os brasileiros tomem um pouco de vergonha e não votem nos mesmos de sempre, ou ainda nos seus descendentes, e que assim tenhamos uma renovação superior a 70%.
Efetivamente nós brasileiros estamos com vários dilemas políticos para cumprir o nosso ato de votar, pela ausência absoluta de candidatos confiáveis. Ora, mas se não temos uma ideia segura do quadro para presidente, que é o cargo maior, quanto mais para os demais. Tenho aconselhado a todos que a solução (exceto para presidente e governador), é votarmos em candidatos neófitos, porque primeiro irão aprender a trabalhar, para depois roubar; e enquanto trabalham, não roubam. Após algumas legislaturas os aprendizes de feiticeiro com certeza irão aprender que os eleitores não são mais os mesmos. É assim que se fortaleceram as democracias em todas as partes do mundo, e não com a força das armas, que jamais fortaleceu qualquer democracia, em país algum.
O tempo é curto, temos poucas alternativas, mas comecemos por prestar atenção nas propostas educacionais dos candidatos. Alguns poderão também se lembrar do lema da revolução francesa: liberdade, igualdade e fraternidade, onde a segunda seria a distribuição mais ou menos igualitária dos bens políticos, econômicos e sociais, e a fraternidade seria o atendimento às necessidades básicas das camadas mais frágeis da população. Em seguida, e tão importante quanto, não devemos nos esquecer de cobrar as promessas de campanhas seja pelas redes sociais ou qualquer outro meio, pois de nada adianta prometer e não cumprir. Os desvios devem ser denunciados!

WILTON OLIVEIRA
odisseiasentimental.blogspot.com.br