DIÁRIO DE UM CIDADÃO
Tempos Turvos
26.05.2018
E nesta semana nos defrontamos
com mais uma ameaça: o desabastecimento, oriundo de uma justificada insatisfação
dos caminhoneiros, que não mais suportam pagar pelo principal insumo da sua
prestação de serviço, o óleo diesel, cujo custo já comprometeu a capacidade de manutenção
do seu veículo, e a sua própria sobrevivência. Só após pararem o país foi que o
governo começou a sair da sua constante letargia, após quase um ano em que foi
advertido pelos próprios caminhoneiros que eles poderiam parar.
Um país que tem mais de 60% de
sua carga transportada por via rodoviária, não pode se descuidar desse modal.
Os 21% transportados pela ferrovia e 14% por hidrovias e marítima, referem-se
predominantemente a commodities como grãos, minérios, insumos agrícolas,
petróleo e derivados. Como vemos, a quase totalidade do abastecimento de nossas
necessidades diárias depende mesmo do caminhão e do caminhoneiro.
O maior responsável pela situação
política caótica em que vive o país, é o eleitor, que elegeu para essa atual
legislatura (2015-2018) metade dos atuais deputados e senadores (são 238 no total)que atualmente
respondem a algum processo investigatório no Supremo Tribunal Federal (STF)
(Fonte: Revista Congresso em Foco). Até o presidente atual é altamente suspeito
e também investigado por falcatruas cometidas, sem falar que um ex-presidente
se encontra preso. Essa situação não é muito diferente nos estados e
municípios, onde nestes, até a merenda escolar é surrupiada em prol dos bolsos
de prefeitos, secretários e vereadores.
Meus amigos e amigas, com um
corpo diretivo e legislativo desse, é muito pouco provável alcançarmos índices
de excelência que nos façam avançar e não retroceder ou estagnar, além de
vivermos em constantes sobressaltos.
E não adianta uma minoria (eu
chamaria até de irresponsável) propugnar pela saída da força, militar ou seus
representantes. Isso é atitude de desesperados, de rendidos, que tendem a
abdicar da democracia, quando pretendem eleger alguém que só acredita na força
das armas, ameaçando a nossa já combalida democracia.
Mais uma vez volto a defender
nesse blog a minha mais profunda convicção de que não votemos em político algum
com mandato atual, ou que tenha tido, ou mesmo filho de algum. Quando o baralho
de candidatos estiver à mesa, escolhamos um novo com propostas que nos pareçam
razoáveis, e de preferência que defenda o voto distrital, providência que
também já defendi aqui neste espaço.
WILTON OLIVEIRA
odisseiasentimental.blogspot.com.br