sábado, 26 de maio de 2018

Tempos Turvos


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Tempos Turvos

26.05.2018

Resultado de imagem para barco a velaQual dia da nossa atualidade não vemos, ouvimos e lemos notícias que nos remetem a momentos de profunda insegurança e incerteza quanto ao nosso futuro e da nossa família, em aspectos financeiros, de saúde, segurança e até de mobilidade? Os sinais estão em toda a parte: absoluta falta de confiança no governo e nos políticos, o desemprego renitente, a criminalidade rondando as nossas portas, a educação das nossas crianças continuando a ser relegadas (até a merenda escolar é assaltada), uma saúde pública que não existe, e que nos últimos dois anos recebeu um contingente de mais 2,8 milhões de brasileiros que deixaram de pagar planos de saúde pelas dificuldades vividas.
E nesta semana nos defrontamos com mais uma ameaça: o desabastecimento, oriundo de uma justificada insatisfação dos caminhoneiros, que não mais suportam pagar pelo principal insumo da sua prestação de serviço, o óleo diesel, cujo custo já comprometeu a capacidade de manutenção do seu veículo, e a sua própria sobrevivência. Só após pararem o país foi que o governo começou a sair da sua constante letargia, após quase um ano em que foi advertido pelos próprios caminhoneiros que eles poderiam parar.
Um país que tem mais de 60% de sua carga transportada por via rodoviária, não pode se descuidar desse modal. Os 21% transportados pela ferrovia e 14% por hidrovias e marítima, referem-se predominantemente a commodities como grãos, minérios, insumos agrícolas, petróleo e derivados. Como vemos, a quase totalidade do abastecimento de nossas necessidades diárias depende mesmo do caminhão e do caminhoneiro.
O maior responsável pela situação política caótica em que vive o país, é o eleitor, que elegeu para essa atual legislatura (2015-2018) metade dos atuais deputados e senadores (são 238 no total)que atualmente respondem a algum processo investigatório no Supremo Tribunal Federal (STF) (Fonte: Revista Congresso em Foco). Até o presidente atual é altamente suspeito e também investigado por falcatruas cometidas, sem falar que um ex-presidente se encontra preso. Essa situação não é muito diferente nos estados e municípios, onde nestes, até a merenda escolar é surrupiada em prol dos bolsos de prefeitos, secretários e vereadores.
Meus amigos e amigas, com um corpo diretivo e legislativo desse, é muito pouco provável alcançarmos índices de excelência que nos façam avançar e não retroceder ou estagnar, além de vivermos em constantes sobressaltos.
E não adianta uma minoria (eu chamaria até de irresponsável) propugnar pela saída da força, militar ou seus representantes. Isso é atitude de desesperados, de rendidos, que tendem a abdicar da democracia, quando pretendem eleger alguém que só acredita na força das armas, ameaçando a nossa já combalida democracia.
Mais uma vez volto a defender nesse blog a minha mais profunda convicção de que não votemos em político algum com mandato atual, ou que tenha tido, ou mesmo filho de algum. Quando o baralho de candidatos estiver à mesa, escolhamos um novo com propostas que nos pareçam razoáveis, e de preferência que defenda o voto distrital, providência que também já defendi aqui neste espaço.
WILTON OLIVEIRA
odisseiasentimental.blogspot.com.br