segunda-feira, 30 de agosto de 2021

A VIDA NÃO É COMO NÓS QUEREMOS

 

DIÁRIO   DE   UM   CIDADÃO

A VIDA NÃO É COMO NÓS QUEREMOS


30/08/2021

Desde cedo convivemos com muitos sonhos que um dia pensamos em realizar. Alguns são abandonados em seguida, a outros damos continuidade, e outros nascem nos nossos pensamentos, normalmente recheados de planos, amores e fantasias.

Conforme vamos nos desenvolvendo, dependendo do meio da nossa convivência, da orientação dos nossos pais, das escolas que frequentamos, vamos formando a nossa personalidade, e ela vai ditando as nossas sensibilidades, as nossas preferências, a nossa visão da sociedade, do mundo em que vivemos, e como reagiremos a tudo. Evidentemente isso não é uma receita, pois conhecemos muitas personalidades cujas ações posteriores não condizem com o seu passado vivido, mas podemos dizer que são exceções.

Sonhamos, percebemos, agimos, choramos, segundo ditam as nossas mais finas fibras do nosso organismo, e segundo os nossos mecanismos de controle interno, formados por toda a educação que recebemos; os mesmos vão orientando como reagimos a cada provocação da nossa vida.

Porque uns são a favor e outros são contra determinadas coisas, filosofias ou políticas? Não é porque queiram ser a favor ou contra, mas porque sentem dessa maneira, e lhes parece certo; mas com certeza ninguém é dono da verdade, e o respeito deve prevalecer no meio, e que infelizmente nem sempre acontece. Neste caso surgem os aborrecimentos, inimizades, às vezes até agressões físicas, partidos políticos, etc.

No Brasil atual estamos vivenciando muito dessas reações, no meu entender estimuladas por quem deveria estar governando o país, criando programas de emprego e renda para os quatorze milhões de desempregados. Ao contrário, vive criando crises uma após a outra, com ideias que nada ajudam a economia, como a urna com impressora, projeto de acabar com a obrigatoriedade da máscara, comprar fuzil ao invés de feijão, propor impeachment de ministro do STF, e outras asneiras. 

O que estamos vendo ultimamente é uma sociedade na qual uma pequena parte (felizmente cada dia menor) se debate em atitudes cada vez mais agressivas, tentando manter a todo custo um poder que vê se esvaindo pelos estertores de um líder desesperado, temendo a perda desse poder, e pior, a prisão, como consequência dos inúmeros atos insensatos e palavras agressivas contra minorias e instituições da república.

A tensão entre os poderes da República chegou a tal estado de tensão, que o presidente da FIESP, Paulo Skaff, conhecido apoiador do presidente chegou a redigir um manifesto denominado “A praça é dos três poderes”, mas o Palácio ameaçou retirar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica dos associados da Febraban.

Mas a democracia é o regime que adotamos. Aqueles que elegemos e não nos servem como esperávamos, serão afastados nos próximos pleitos. Essa é a regra do jogo; isso é o que a grande maioria no momento quer.

WILTON OLIVEIRA

Odisseiasentimental.blogspot.com.br