DIÁRIO DE UM CIDADÃO
A
VIDA NÃO É COMO NÓS QUEREMOS
30/08/2021
Desde cedo convivemos com
muitos sonhos que um dia pensamos em realizar. Alguns são abandonados em
seguida, a outros damos continuidade, e outros nascem nos nossos pensamentos, normalmente
recheados de planos, amores e fantasias.
Conforme vamos nos
desenvolvendo, dependendo do meio da nossa convivência, da orientação dos
nossos pais, das escolas que frequentamos, vamos formando a nossa
personalidade, e ela vai ditando as nossas sensibilidades, as nossas
preferências, a nossa visão da sociedade, do mundo em que vivemos, e como
reagiremos a tudo. Evidentemente isso não é uma receita, pois conhecemos muitas
personalidades cujas ações posteriores não condizem com o seu passado vivido,
mas podemos dizer que são exceções.
Sonhamos, percebemos,
agimos, choramos, segundo ditam as nossas mais finas fibras do nosso organismo,
e segundo os nossos mecanismos de controle interno, formados por toda a
educação que recebemos; os mesmos vão orientando como reagimos a cada
provocação da nossa vida.
Porque uns são a favor e
outros são contra determinadas coisas, filosofias ou políticas? Não é porque
queiram ser a favor ou contra, mas porque sentem dessa maneira, e lhes parece
certo; mas com certeza ninguém é dono da verdade, e o respeito deve prevalecer
no meio, e que infelizmente nem sempre acontece. Neste caso surgem os aborrecimentos,
inimizades, às vezes até agressões físicas, partidos políticos, etc.
No Brasil atual estamos
vivenciando muito dessas reações, no meu entender estimuladas por quem deveria estar
governando o país, criando programas de emprego e renda para os quatorze
milhões de desempregados. Ao contrário, vive criando crises uma após a outra,
com ideias que nada ajudam a economia, como a urna com impressora, projeto de
acabar com a obrigatoriedade da máscara, comprar fuzil ao invés de feijão, propor
impeachment de ministro do STF, e outras asneiras.
O que estamos vendo
ultimamente é uma sociedade na qual uma pequena parte (felizmente cada dia
menor) se debate em atitudes cada vez mais agressivas, tentando manter a todo
custo um poder que vê se esvaindo pelos estertores de um líder desesperado,
temendo a perda desse poder, e pior, a prisão, como consequência dos inúmeros
atos insensatos e palavras agressivas contra minorias e instituições da
república.
A tensão entre os poderes da
República chegou a tal estado de tensão, que o presidente da FIESP, Paulo
Skaff, conhecido apoiador do presidente chegou a redigir um manifesto denominado
“A praça é dos três poderes”, mas o Palácio ameaçou retirar o Banco do Brasil e
a Caixa Econômica dos associados da Febraban.
Mas a democracia é o regime
que adotamos. Aqueles que elegemos e não nos servem como esperávamos, serão
afastados nos próximos pleitos. Essa é a regra do jogo; isso é o que a grande
maioria no momento quer.
WILTON OLIVEIRA
Odisseiasentimental.blogspot.com.br