sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

O direito individual x a ditadura comercial no carnaval de Salvador


DIÁRIO DE UM CIDADÃO


O Direito Individual  x  A Ditadura Comercial no Carnaval de Salvador

09.02.2018

Resultado de imagem para barcos a velaNo carnaval do ano passado os ambulantes de bebidas da Barra reuniram-se em protesto perante o camarote da TV Bahia e protestaram agressivamente contra o que eles chamaram de Ditadura da Prefeitura, que os obrigava a só comercializar apenas uma marca de cerveja, contra a liberdade de compra e venda segundo os ditames do mercado, retirando do cidadão o seu poder de escolha.
Este ano, 2018, estava eu na frente de uma vendedora na avenida, bebendo uma cerveja, quando se aproximou um grupo de uns oito “meganhas” da prefeitura, e um deles pediu para eu me afastar que ele queria inspecionar o isopor da vendedora. Diante da minha reação negativa enérgica ele parou procurando apoio do supervisor, ao que este acenou pela calma. Na barraca vizinha eles acharam um isopor branco que estava coberto, cheio de roupas da barraqueira e deram o ultimato à mesma: ou retirava o recipiente ou ele levava; só podia ficar isopor amarelo. UM ABSURDO! Só na ditadura!
Ontem à noite saí para comprar gelo com uma caixa térmica, e na volta (moro na Avenida Oceânica), em um dos postos de vigilância comercial perto do meu prédio, fui barrado por um deles que me disse precisar “olhar” o conteúdo para ver se eu carregava outra marca que não a indefectível que está sendo imposta na avenida. Evidentemente que recusei a me sujeitar a tamanha humilhação e com um safanão livrei-me da ignorância a que queriam me impor.
Não me aventuro a entrar nos meandros jurídicos da tal medida impositiva do senhor prefeito, entretanto tudo isso revolta, angustia, esbulha o direito do cidadão livre no seu direito de escolha de adquirir o que lhe for mais conveniente.
Com a palavra o Ministério Público, a OAB, as organizações de direitos humanos.

WILTON OLIVEIRA

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