ODISSEIA
SENTIMENTAL
O
BRASIL QUE ALMEJAMOS
Cada um de nós brasileiros
sempre haveremos de ter as nossas próprias preferências, mas jamais tentar
impor, criticar ou ridicularizar as opiniões de quem quer que seja, estimulando
um ambiente divisionista na política, entre amigos e até entre familiares.
Pessoalmente confesso uma profunda antipatia em receber mensagens e vídeos
políticos e, pelo fato de expressar esse meu sentimento já fui deletado de rede
de amigos. Estou também me policiando para não fazer a mesma coisa. Mensagens
políticas só humorísticas.
Que assuntos dominam as
conversas dos brasileiros? Sabendo que temos 12 milhões de desempregados, ou um
terço da classe C que ganha até R$1.100,00, e que junta com as classes C e D formam
mais de 90% da população brasileira, ou mais de 186 milhões de pessoas, eu
diria que com certeza a política não é o assunto predileto, e sim os seríssimos
problemas de saúde, segurança, educação e renda para manter as famílias. Os
restantes 21,3 milhões, ou 10,29% da população são os que provavelmente mais se
interessam pela política; pessoas que ganham entre R$7.200,00 e R$11.000,00 ou
mais.
Portanto, amigos e amigas, é bom tomarmos
conhecimento dos assuntos importantes do país, principalmente aqueles que dizem
respeito à nossa sobrevivência, bem como, como agiram os candidatos que elegemos,
e só. Não interessa à população qual o partido de cada candidato, pois com 35
partidos registrados e 75 em formação, não existe no mundo tanta ideologia para
contemplar cada uma dessas facções políticas, e aí chegamos ao ponto de que o
que mais importa ao eleitor são as ideias do candidato sobre como ajudar a
comunidade que quer representar, o seu caráter, a sua retidão, a sua história
de vida. A sua ideologia é o que menos importa. Começo a me envergonhar de
tanto radicalismo, e até mesmo tanto ódio; isso não pode fazer bem à sociedade.
Extremismos nunca fizeram bem em lugar nenhum do mundo. Vejam o que aconteceu
na Alemanha. Copio aqui o conceito de extremismo da Wikipédia: “O extremismo,
em política,
refere-se a doutrinas ou modelos de ação política que preconizam soluções
extremas, radicais e revolucionárias, para os problemas sociais.
Frequentemente está associado
ao dogmatismo,
ao fanatismo e à
tentativas de imposição de estilos e
modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes.
O extremismo, unido ao unilateralismo, resulta em total fechamento ao diálogo e
à negociação.”
Procurem ver também o resultado das ações de grupos como o
Al-Qaeda, o Boko Haram, o Hamas, o Estado Islâmico e tantos outros. Quantas
mortes, prisões indevidas e mortes perpetraram.
Mais recentemente vemos a eleição de Trump incentivando o
radicalismo com um discurso sexista, xenófobo e belicista, e aqui no Brasil com
Bolsonaro com uma agenda de extrema direita, incentivando o uso da força e até
a tortura (elogios às ações de 64)., cercando toda uma política moralista. Até
na Europa vimos isso acontecer na eleição de Macron, com a direita representada
por Marine Le Pen em crescimento significante.
Espero que essa onda odiosa não nos atinja de forma a impactar e
nortear a maior parte das ações de governo. E aqui utilizo-me de uma expressão
tradicionalmente associada a São Bento: “VADE RETRO SATANAS”.
WILTON OLIVEIRA
odisseiasentimental.blogspot.com.br