terça-feira, 8 de outubro de 2019

O BRASIL QUE ALMEJAMOS


ODISSEIA SENTIMENTAL

O BRASIL QUE ALMEJAMOS

Resultado de imagem para barco saveiroRecentemente o nosso querido Papa Francisco se referiu às ideologias como uma arma perigosa e divisionista. A nossa Santa Dulce dos Pobres construiu o que talvez seja a maior obra assistencial do Brasil, transitando de forma equidistante entre políticos e governantes das mais variadas matizes ideológicos, com foco no seu “Partido dos Pobres”, jamais se envolvendo em política partidária.
Cada um de nós brasileiros sempre haveremos de ter as nossas próprias preferências, mas jamais tentar impor, criticar ou ridicularizar as opiniões de quem quer que seja, estimulando um ambiente divisionista na política, entre amigos e até entre familiares. Pessoalmente confesso uma profunda antipatia em receber mensagens e vídeos políticos e, pelo fato de expressar esse meu sentimento já fui deletado de rede de amigos. Estou também me policiando para não fazer a mesma coisa. Mensagens políticas só humorísticas.
Que assuntos dominam as conversas dos brasileiros? Sabendo que temos 12 milhões de desempregados, ou um terço da classe C que ganha até R$1.100,00, e que junta com as classes C e D formam mais de 90% da população brasileira, ou mais de 186 milhões de pessoas, eu diria que com certeza a política não é o assunto predileto, e sim os seríssimos problemas de saúde, segurança, educação e renda para manter as famílias. Os restantes 21,3 milhões, ou 10,29% da população são os que provavelmente mais se interessam pela política; pessoas que ganham entre R$7.200,00 e R$11.000,00 ou mais.
Portanto, amigos e amigas, é bom tomarmos conhecimento dos assuntos importantes do país, principalmente aqueles que dizem respeito à nossa sobrevivência, bem como, como agiram os candidatos que elegemos, e só. Não interessa à população qual o partido de cada candidato, pois com 35 partidos registrados e 75 em formação, não existe no mundo tanta ideologia para contemplar cada uma dessas facções políticas, e aí chegamos ao ponto de que o que mais importa ao eleitor são as ideias do candidato sobre como ajudar a comunidade que quer representar, o seu caráter, a sua retidão, a sua história de vida. A sua ideologia é o que menos importa. Começo a me envergonhar de tanto radicalismo, e até mesmo tanto ódio; isso não pode fazer bem à sociedade. Extremismos nunca fizeram bem em lugar nenhum do mundo. Vejam o que aconteceu na Alemanha. Copio aqui o conceito de extremismo da Wikipédia: “extremismo, em política, refere-se a doutrinas ou modelos de ação política que preconizam soluções extremas, radicais e revolucionárias, para os problemas sociais.
Frequentemente está associado ao dogmatismo, ao fanatismo e à tentativas de imposição de estilos e modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes. O extremismo, unido ao unilateralismo, resulta em total fechamento ao diálogo e à negociação.”
Procurem ver também o resultado das ações de grupos como o Al-Qaeda, o Boko Haram, o Hamas, o Estado Islâmico e tantos outros. Quantas mortes, prisões indevidas e mortes perpetraram.
Mais recentemente vemos a eleição de Trump incentivando o radicalismo com um discurso sexista, xenófobo e belicista, e aqui no Brasil com Bolsonaro com uma agenda de extrema direita, incentivando o uso da força e até a tortura (elogios às ações de 64)., cercando toda uma política moralista. Até na Europa vimos isso acontecer na eleição de Macron, com a direita representada por Marine Le Pen em crescimento significante.
Espero que essa onda odiosa não nos atinja de forma a impactar e nortear a maior parte das ações de governo. E aqui utilizo-me de uma expressão tradicionalmente associada a São Bento: “VADE RETRO SATANAS”.

WILTON OLIVEIRA
odisseiasentimental.blogspot.com.br


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