terça-feira, 6 de outubro de 2020

A TRANSIÇÃO DE UMA ERA

 

ODISSÉIA SENTIMENTAL

A TRANSIÇÃO DE UMA ERA

05/10/2020

  Com a pandemia que se instalou no mundo e no Brasil, a cada dia que passa estamos percebendo que não somos mais os mesmos de antes; nem existem mais os mesmos de antes, pois estes já não estão mais entre nós; também as famílias com suas dores, o comércio, a indústria, os poderes constituídos e as relações entre os mesmos. Mudou a forma de aproveitarmos o nosso lazer, assistirmos a um espetáculo, frequentarmos um bar, um restaurante, sairmos às compras. Mudou a forma de como boa parte dos trabalhadores executa sua produção; muitos totalmente em casa; poderíamos imaginar algo assim? Jamais me imaginei ausente de um aniversário de um membro da família ou amigo, ou deixando de os visitar quando doentes.

São muitas as mudanças, algumas imperceptíveis hoje, mas que ao longo do tempo provocam estremecimentos entre os casais, esteios da família e da sociedade. O número de separações cresceu mais de 30% na pandemia, assim como a violência contra a mulher. Os templos religiosos foram fechados, dificultando a observância de cada um de seus deveres para com a sua própria igreja. Observem o comércio de conveniência nas redondezas de sua casa, e vejam quantos estabelecimentos fecharam ou dão sinais de.  Até julho, mais de 700.000 empresas fecharam as portas desde o início dessa catástrofe que se abateu no Brasil; a taxa de desemprego está em mais de 13%, o que afasta do mercado formal mais de 9 milhões de trabalhadores. Não poderíamos imaginar nada pior em tão pouco tempo.

Cicatrizes na alma, nos relacionamentos pessoais, comerciais, financeiros, intelectuais, já estão fincados no nosso ser e assim permanecerão por um longo tempo, que só o nosso bom Deus sabe quanto. Aliás, é a Ele que temos que recorrer, pois ao povo em geral muito pouco de socorro efetivo é chegado para sustentar tantas adversidades em tão pouco tempo.

E que esse Deus nos ajude, com a intercessão de Nossa Senhora Aparecida!

WILTON OLIVEIRA

odisseiasentimental@blogspot.com.br


sábado, 20 de junho de 2020

O QUE É SER DE ESQUERDA OU SER DE DIREITA


ODISSEIA SENTIMENTAL


O que é ser de esquerda ou ser de direita

20/06/2020

Banco de imagens : mar, agua, vento, navio, transporte, veículo ...Desde quando acompanho a política de um modo geral, especialmente a do Brasil, jamais os termos “direitista” ou esquerdista” estiveram tão distantes um do outro, separados por sentimentos e manifestações de ódio, que desde as últimas eleições, já terminaram com muitas amizades e até laços familiares foram desfeitos.

Mas, o que é “ser de esquerda” ou ser de direita” ? Essas ideologias foram criadas durante as assembleias na França do século XVIII. Nessa época, a burguesia procurava, com o apoio da população, diminuir os poderes da nobreza e do clero. Era a primeira fase da Revolução Francesa (1789-1799).

Com a Assembleia Nacional montada para criar a nova Constituição da França, as classes mais ricas, partidárias do rei não gostaram da participação das mais pobres, e preferiram não se misturar, sentando separadas, do lado direito do presidente da Assembleia, de modo a evitar os gritos, os juramentos e indecências que tinham rédea livre no lado oposto. Por isso, o lado esquerdo foi associado à luta pelos direitos dos trabalhadores, e o direito ao conservadorismo da elite francesa.

Com o passar do tempo, as duas expressões passaram a ser usadas em outros contextos. Atualmente, por exemplo, os partidários que se colocam contra as ações do regime vigente (oposição) seriam entendidos como “de esquerda” e os defensores do governo em vigência (situação) seriam a ala “da direita”. Embora os dois lados realizem reformas, uma diferença seria que a esquerda busca promover a justiça social enquanto a direita trabalha pela liberdade individual. 

Passados 221 anos da revolução francesa, ao invés de estarmos mais unidos, abrimos um espaço ainda maior entre os dois lados, e essas ideologias conflitantes espalharam-se pelo mundo nos dias atuais. Entretanto, aqui no Brasil, criou-se um sentimento forte de ódio, nascido ou saído do armário a partir da eleição de Bolsonaro. Tal sentimento de repulsa por quem não apoiou o estagiário presidente, jamais foi visto neste país. E essa radicalização foi e continua sendo alimentada por um tal gabinete que dispara milhares de fake news, dividindo ainda mais a população, que na sua imensa maioria só deseja saúde, emprego e segurança. Infelizmente o nosso presidente não é da paz, foi formado para a guerra como ele mesmo já disse.
WILTON OLIVEIRA

terça-feira, 2 de junho de 2020

Tempos intranquilos , insuportáveis


ODISSEIA SENTIMENTAL

TEMPOS INTRANQUILOS, INSUPORTÁVEIS

02/06/2020
Barco a vela Papel de Parede HD | Plano de Fundo | 2560x1920 | ID ...Sexta-feira, 22 de maio de 2020 foi um dia em que as repercussões da divulgação de um vídeo de uma aglomeração de funcionários públicos, apelidada de reunião ministerial, de baixíssimo nível, me atingiram bastante, causando-me uma intranquilidade imensa quanto às consequências políticas, sociais e também econômicas. Naqueles momentos reportei-me às angústias que vivi em 1968, quando ainda estava na faculdade. Foi muita baixaria naquela reunião, em nível incompatível com a posição dos seus participantes, quando a democracia foi atacada em vários momentos, com ameaças diretas a governadores e prefeitos (ameaçados de prisão pela ministra da cidadania) aos ministros do Supremo Tribunal Federal, a quem o ministro da educação chamou de “vagabundos”, e ao poder legislativo que o ministro do meio ambiente sugeriu que se aproveitasse o momento dessa pandemia para tentar fazer aprovar projetos de interesse do governo, a toque de caixa.
A minha antipatia a esse capitão alçado a presidente, aumenta na mesma ordem em que aumenta a rejeição dos eleitores à sua administração.
Meu Deus! Será possível que merecemos um incompetente como esse Bozo, que passa as 24 horas do dia planejando ações para proteger a sua família, esquecendo que foi eleito como presidente de todos os brasileiros? Os 27% que ainda apoiam ele, é movido pelo veneno do ódio, do espírito ditatorial, do racismo, da misoginia e da ignorância.
Amigos e amigas, senti muita intranquilidade quanto ao nosso futuro político, econômico e social; as consequências negativas que se somam ao já alto nível de desemprego, empresas fechando as portas, cidadãos desesperados procurando a todo custo livrar-se da falta de recursos para sustentar a família, somados à insegurança sanitária e policial, causa-nos a pior das infelicidades.
A pandemia está causando a maior parte da nossa intranquilidade, estamos confinados em nossas casas (pelo menos a maior parte do tempo), longe dos familiares, amigos, ambientes alegres), muitos depressivos e sem perspectiva de solução a curto prazo, amigos e parentes morrendo à nossa volta, o PIB nacional se aproximando dos dois dígitos, a produção industrial caindo, o índice de emprego desabando, e o merda do presidente só se preocupa em implementar a ditadura e preservar a sua família, um bando de desequilibrados que desequilibram a nação.
WILTON OLIVEIRA
Odisseiasentimental.blogspot.com.br


segunda-feira, 18 de maio de 2020

Quem votou nele não vota mais


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Quem votou nele não vota mais


O mar, o barco e a vela - Logística DescomplicadaRecebi hoje um amigo que não via há mais de cinco anos. A mesma alegria, a mesma natureza positiva. Ao longo desses anos a vida preparou-lhe algumas armadilhas, mas continua com o astral alto, mesmo com as dificuldades dessa pandemia, que atingiu ele e seus dois filhos. Admiro pessoas assim, que não perdem o pensamento positivo, mesmo com as agruras da vida. Não sou de me queixar, mas tendo a me recolher nos pensamentos e orações,
A conversa já ia bastante animada quando não sei porque o nome Bolsonaro surgiu no meio, e ele revelou-se ter sido eleitor do presidente, mas imediatamente consertou: “votei e me arrependi! Aquilo é um louco!
Hoje José Simão escreveu uma muito engraçada sobre o presidente: Escândalo com Bolsonaro é como uma caixinha de lenço de papel, você puxa um e vem logo dez; muito acertado.
Aproveitando a deixa, peço licença para também copiar Ciro Gomes:
“Gente querida, onde já se viu discussão política sobre remédio? Usemos nossa inteligência! Quem sabe se remédio é próprio, se é perigoso, se cura, se ajuda ou atrapalha, são médicos e cientistas que estudaram pra isso! Político recomendar remédio é uma aberração inexplicável!
Essa pra mim é o máximo. Jamais vi em toda a minha vida, vereador, prefeito, deputado, senador, governador ou mesmo presidente, abraçar uma bula de remédio com tanto ardor, ainda mais um remédio que não é unanimidade de eficácia em parte nenhuma do mundo. Chega a ser suspeito, tanto interesse por algo que sabemos gera tanto dinheiro. Será que algum laboratório quer bancar alguma campanha eleitoral?
Pois é amigos, é como diz o Estadão: “o Presidente perdeu a condição de governar”. E apoio isso, não querendo a saída agora do capitão. Não, não considero que o país esteja preparado para uma mudança do ocupante da cadeira maior do Palácio do Planalto, mas tamanha série de bobagens de contradições, de inconstitucionalidades, tem que parar em algum momento. Será que no governo não tem alguém com coragem, com bom senso, para aconselhar esse louco que adora ver o país preso em um mar de besteira? Lembram-se do FEBEAPÁ (Festival de Besteira que Assola o País?).
É onde nós estamos! Espero que não por muito tempo, porque nem o CORONAVIRUS resistirá a essa guerrilha.
WILTON OLIVEIRA



quarta-feira, 25 de março de 2020

Um alto preço pra se tirar o PT


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Um alto preço pra se tirar o PT
25/03/2020
Resultado de imagem para barco a velaHá cerca de quatro meses atrás, escrevi um blogue sobre motivação política, mais um que produzi provocado pelas inúmeras e inúteis manifestações do nosso capitão de bravata. Entendo agora ele ter ficado vinte e oito anos na câmara federal como um ilustre desconhecido: os colegas nunca deram plateia a ele, e ele não tinha assunto relevante a divulgar. Agora, como presidente, qualquer bobagem que cuspa, a repercussão é enorme pelo cargo que exerce; ele pode até escolher o seu próprio público, e a mídia que irá lhe dar suporte.
Não se passa um dia sem que esse presidente de plantão não divulgue alguma bobagem, não agrida alguém, o Congresso, o Supremo, toda a mídia, e agora todo o povo brasileiro e os seus parceiros comerciais como a China, que é o maior de todos.
A sua popularidade despenca a cada dia que passa. Um amigo meu que votou nesse cara me confidenciou: “que preço alto estou pagando pra ter tirado o PT do governo!”. E de fato é isso mesmo; o brasileiro está pagando um alto preço por ter eleito esse deputado do baixo clero, presidente do Brasil.
Preocupado pelas consequências políticas pra si próprio, que resultarão das medidas que o mundo todo está tomando contra esse novo vírus, ele ataca quem estiver na sua frente, governos de outros países, ministros, congresso, senado. Entrincheirado no Palácio junto com a sua ala ideológica, ele se municia com armas que vão lhe fornecendo, muitas vezes sem ao menos examinar o que assina, como foi o caso da MP de domingo passado que teve que voltar atrás quando começou a receber críticas de todos os lados.
Alguns pedidos de impeachment já se acumulam no Supremo. No impeachment de Dilma muito se falou que ela, além das pedaladas também estava sendo julgada pelo “conjunto da obra”. O conjunto da obra de Bolsonaro começa a exalar um mau cheiro. Apear do cargo nesse momento o presidente, não é bom para o Brasil nem para os brasileiros, mas está insuportável aguentar as asneiras diárias de um presidente que não sabe onde se encontra, e se mantem teimoso (chamou a covid-19 de “gripezinha”) frente à postura responsável do ministro da saúde.
Um preço alto estamos pagando!

WILTON OLIVEIRA