sábado, 6 de janeiro de 2018

OS CRÍTICOS E A CRÍTICA

DIÁRIO DE UM CIDADÃO


OS CRÍTICOS E A CRÍTICA
06.01.2018

Resultado de imagem para barcos a velaÉ muito usual que tanto pessoas quanto muitas das mídias diárias defendam um partido, este ou aquele político, esta ou aquela causa, esta ou daquela religião, e a partir daí a nota é uma só, buscando-se artigos, entrevistas, blogs, imagens muitas delas distorcidas para ridicularizar o objetivo em questão, o qual está sempre errado, e não merece ter qualquer traço positivo divulgado ou comentado.
É compreensível que cada um de nós tenha as suas próprias convicções, que tome partido, que abrace uma causa, mas é muito antipático, e chega até a ser irritante ouvir, ler ou ver a mesma música daquela pessoa ou órgão de divulgação, constantemente, insistentemente. Esse comportamento é tão monótono e desgastante, que os programas de horário político, reconhecidamente aborrecidos, já se tornaram motivo de chacota por todo o país.
Meus amigos, vocês já devem ter notado que estou falando das posições radicais, intransigentes que afastam quem delas se aproxima. No dia seguinte ao casamento de um casal amigo, por volta das oito horas da manhã, um grupo de protestantes bateu à porta deles insistindo em querer fazer a sua catequese. O efeito foi o oposto do objetivo daqueles religiosos.
Não há ser humano que aceite indefinidamente um papo, artigo ou declaração de uma fonte que só emita imagens e sons de um mesmo assunto. Gente, o mundo é vasto, a nossa sociedade é rica de fotos e fatos, de momentos profundamente ricos de manifestações sócio culturais que nos fazem esquecer por momentos, das nossas insatisfações, tristezas, frustrações, sonhos não realizados. Não, não aguento mais as conversas insistentes, que nos fazem crer que querem nos cooptar para suas posições políticas, religiosas ou mesmo técnicas, quando reiteradamente já nos manifestamos de forma contrária.
Devemos marcar nossa posição, sim. Mas de forma leve, sem imposições, sem ser inconveniente, sabendo manter as amizades, apesar das diferenças de opiniões. Evitemos os juízos de valor que fazemos dos outros, e procuremos nos ater às evidências dos fatos, e mesmo nestas circunstâncias, temos que ter cuidado com a emissão de opiniões contraditórias á verdade dos fatos.
Como seres gregários que somos, precisamos da convivência uns dos outros, mas também é verdade que somos livres em escolher as nossas companhias, muito embora nem sempre saibamos escolhe-las a contento. Assim, não somos obrigados a suportar a companhia de quem não nos agrada, muito embora, em qualquer situação a cordialidade deva prevalecer, para que a civilidade esteja sempre presente.
Assim, meus amigos, combatamos os radicalismos começando pelas eventuais posições nossas assim, adjetivadas. Recentemente uma juíza em Porto Alegre declarou que precisamos reduzir a beligerância. E efetivamente tenho percebido isso principalmente nas redes sociais, onde muitos chegam ao cúmulo de pedir a aplicação da lei do Talião. É triste!

WILTON OLIVEIRA

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