DIÁRIO DE UM CIDADÃO
O
brasileiro não é corrupto
06.10.2017
O Congresso Nacional, estrato
representativo da sociedade brasileira, como já disse o ex-ministro Delfim
Neto, tem quase todos os seus membros investigados por roubo e fraude, e lá encontramos todo tipo de gente, dos mais
variados tipos elencados no nosso Código Penal. E como essa instituição
representa os brasileiros, teoricamente estes seriam comparados àqueles?
É comum afirmarmos que os
políticos não nos representam; até com certa lógica, porque a maioria de nós
nem se lembra em quem votou, apesar de que, nós todos tenhamos dado a eles uma procuração
irrevogável por quatro anos. Uma pena que não possamos pedir nossa procuração
de volta, senão boa parte desses malandros já não mais estaria em Brasília.
Porém, tem um aspecto dessa
questão que é preciso analisar, e que de certo modo nos distancia da ideia de
que também possamos ser corruptos: é a questão das facilidades que os políticos
e dirigentes de órgãos têm de se locupletar ilicitamente do erário de
terceiros, facilidade essa, ampliada por uma justiça que não os inibe em nada;
pelo contrário os encoraja.
Percebemos não é por falta
de leis que os corruptos se estabelecem; é por falta de quem as faça cumprir. O
que estamos vendo na Operação Lava Jato é o oposto de tudo o que se via no Brasil
até então, e como a sociedade está dando todo o suporte, essas investigações e
prisões ganharam força e respeito, fazendo-nos sentir orgulhosos, e
alimentarmos esperanças de termos um futuro mais digno.
Estamos vendo, portanto, que
o brasileiro não é corrupto por natureza. Ele se revolta com injustiças, ele
vai às ruas, ele ameaça pelo voto, mas o nosso sistema ainda tem muita herança
dos coronéis; poucos mandam, muitos obedecem, e tudo continua como dantes, no
quartel de Abrantes, pelo menos até as próximas eleições. TEMOS QUE PASSAR ESTE
CONGRESSO, A NOSSA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA E A CÂMARA DE VEREADORES A LIMPO. RENOVAR 100%.
WILTON OLIVEIRA
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