sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

UM DIA QUE PODERIA SER MELHOR



Com certeza você já acordou um dia e os acontecimentos que se seguiram não lhe foram favoráveis e você se sentiu como se fosse o fim do mundo, mas um fim de mundo realmente, você sentindo-se solitário, sem ninguém pra desabafar, como se não tivesse ninguém pra lhe acariciar, pra lhe beijar terna e calorosamente.
Pois foi assim que me senti hoje, e sem ter pra quem apelar, voltei-me para os céus e disse: “Meu Jesús, vós que sempre me amparaste, acalentaste, me conduziste por vossas mãos nos caminhos de minha vida até agora, e que jamais me abandonaste, responda-me: até onde posso seguir com a minha fé na vossa providência, afastando os espinhos que teimam em ferir minha carne ?”
Perdoe o meu momento de dúvida, mas ela é própria da fraqueza com que nos formaste; somos frutos da Sua criação, com os nossos defeitos e as nossas qualidades.
Vós me conheceis até a mais intima das células do meu corpo, e sabeis que lhe sou devotado. As dúvidas que em muitos momentos me invadem são conseqüência do meu despreparo, da minha fraqueza, da minha covardia em combater o bom combate, enfrentando os meus próprios fantasmas e até o próprio eu.
Nesses momentos de dor e amargura esquecemos que existe uma outra realidade a qual, nos contempla com a vida, e vida em abundância, que não enxergamos pela cegueira da alma que permitimos que nos domine.
Como sobrepujarmos as nossas limitações e ultrapassarmos os nossos limites, as nossas fronteiras de fraquezas e inibições? Com certeza não é procurando ser o que não somos, nem carregando o que está além das nossas forças. Extraiamos da última gota de nossa seiva, disposição para cavarmos em solo que nos pareça propício à semeadura, onde as intervenções que fizermos sirvam de berço para sementes de frutos futuros.
Nos nossos momentos de incertezas, de lágrimas, às vezes copiosas, quando uns gostam de um ombro amigo para recostar, e outros choram silenciosamente e vertem lágrimas internas e externas, sentindo no mais profundo do ser, aquela tristeza, aquela melancolia que nos remete ao interior do nosso próprio eu, em ambiente sombrio, incerto, de onde só saímos aos poucos, quando a realidade nos chama, reservemos um espaço no nosso coração, e deixemos a luz do céu entrar.
Senhor, permita-me chorar e não desesperar, permita-me Jesús que eu veja a sua luz, e que seja cada dia mais leve a minha cruz.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O PRAZER E A DOR DO AMOR INTENSO


“Viva o Amor”, dizem os franceses, os artistas, os boêmios, os amantes.
“Viva a Paixão”, digo eu, sem ser francês nem artista, mas com um coração boêmio, amante e sonhador de aventuras (amorosas, profissionais, de lazer).
Profissionalmente adoro desafios tendo em vista ser algo novo a provocar minhas capacidades, meu ser existencial, minha alma de aventureiro, minha adrenalina.
Conhecendo-me profissionalmente, entendo porque meu coração está sempre a pulsar por uma nova emoção, um novo amor, ou por um amor que seja eterno e apaixonante enquanto dure, como diria o nosso poeta Vinicius de Moraes.
Não sou volúvel, mas a acomodação me inquieta, me deprime, tenho que ser um “moto contínuo”, mesmo deitado ou sentado, porque estarei alternando atividades de leitura, televisão, escrita, algum trabalho manual. Por isso adoro viajar, sair, ir a festas, celebrações, e a maior de todas as festas, o carnaval.
O amor provoca essas sensações de inquietações, de querer ver logo, de dizer que ama e ouvir que é amado, de pegar, acariciar, beijar, provocar todos os sentidos do corpo, eletrizar o coração.
Há alguns anos foi lançado um filme japonês chamado “O Império dos Sentidos” protagonizado pelo grande Toshiro Mifune. É uma história de um casal que se envolve em uma paixão intensa, tão imensa que eles queriam explorar ao máximo todos os sentidos do corpo que lembrassem o amor de um pelo outro. O filme termina quando ela, com o consentimento dele, decepa o pênis do amado, joga-o fora e depois sai correndo atrás, arrependida, desesperada.
Esse filme nos leva ao extremo da exploração dos sentidos. O meu ser pede, necessita de emoções um pouco mais moderadas, bem mais.
E onde fica aquele amor que de paixão, vira amor, e esse amor sedimenta uma amizade?
Também tem espaço no meu coração, ou melhor, em uma das suas metades, já que a outra é preenchida pelo lado boêmio, amante, e até um pouco devasso, metade essa que por razões familiares fica ligeiramente adormecida, mas com um “olho” de fora, atenta a qualquer oportunidade, mas procurando preservar as suas responsabilidades, quando possível.
Até mais.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

PARTICIPAÇÃO SOCIAL


O ser humano jamais será uma ilha; a sua necessidade de relacionar-se com outros é inerente à natureza de uma pessoa normal, e isso não mudará tão cedo, a não ser que ao longo dos próximos séculos haja uma mutação forte na sua forma de pensar e agir.

Esse relacionamento começa na família, e vai ao longo dos anos ampliando o seu mundo, os seus conhecimentos, a sua experiência com pessoas diferentes e às vêzes com línguas e países diferentes. Isso é um aprendizado, e a depender do resultado a sociedade forma alguém mais participativo (nas suas mais variadas formas) ou um introspectivo, recolhido, mais solitário.

Para mim, esse mundo induziu-me à participar, e hoje acredito que a minha experiência estudando em um outro país, onde o exercício participativo na comunidade é muito forte, influenciou-me sobremaneira.

Podemos imaginar aqui no Brasil, os alunos serem convocados pela escola para ajudarem na arrumação da mesma dias antes do início do ano letivo, e todos comparecerem felizes e satisfeitos por estarem colaborando com a comunidade e com êles próprios? Se isso acontece, deve ser em pouquíssimos locais.

Essa participação em um país como o nosso, com imensas desigualdades sociais, faz-se mister, pelo fato de se tornar uma tarefa hercúlea para o governo sozinho cuidar de tudo e de todos. E quanto mais instruído ou detentor de posses seja o indivíduo, maior é a sua responsabilidade social, pois basta que o mesmo olhe um pouco para os lados, para ver ou perceber o tamanho das carências e da miséria, pela qual somos todos responsáveis.

Dessa forma, podemos analisar os talentos ou as posses que temos, e verificar o que podemos oferecer ou distribuir, e agir de imediato junto a sua família, vizinhança, igreja, periferia de sua cidade. Mas aja de uma forma prazerosa, apreciando cada esforço seu em fazer chegar ao destino a sua mensagem de amor ao próximo. Vivencie as necessidades desses próximos, sente, converse, reze, sorria, dance e abrace-os.

Se o seu talento for ensinar, procure um assunto que interesse a essa comunidade, se for costurar, crie um grupo para preparar enxovais, se for cozinhar participe da cozinha dos mutirões da comunidade, se for escrever, crie um jornal enfim, descubra dentro de você mesmo como ajudar o próximo com alegria.

E Deus estará olhando por você, e até carregando-o para que você melhor desempenhe as suas tarefas junto os Seus filhos necessitados.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

EXPERIÊNCIAS SEXUAIS



O sexo sempre foi um lado forte da minha personalidade. Já com cêrca de 12 anos estava me beijando com a primeira namorada (mais velha), o que foi um horror pra minha mãe que me pegou chupando a boca dessa paraibana chamada Elaine, e para a qual escreví esses versos: Meu amor é tão querido / Quando brigo fico sentido / Dai-me um beijo meu amor, que o velho tempo passou.
Mas retornando um pouco no tempo, com cerca de 5 pra 6 anos, lembro-me do primeiro contato com assuntos sexuais, ao receber o convite de um colega do jardim infantil (o cara era bem pior que eu!) para nós tentarmos transar com uma das coleguinhas. Êsse fato nunca esquecí!
Logo em seguida apareceram os famosos "catecismos", ou seja, revistas em quadrinhos de sacanagem, o que provocava muitos "calos" nas mãos de nós meninos. Eu então, nem se fala; era só visualizar umas figuras de mulher nua e "êle" reagia logo, querendo se afogar. Ainda hoje "ele" não resiste a umas fotos ou situações de sacanagem sensuais.

Uma certa ocasião uma prima minha foi passar uns tempos lá em casa; ela era bonitinha e já tinha uns seios grandinhos. Eu tentava agarrar ela sempre que nos víamos a sós; ela gostava de mim e aceitava meus avanços; beijava a boca e pegava nos seios. Uma noite, cheio de tesão, com todo mundo dormindo em casa, atravessei o apartamento todo de quatro, desde o meu quarto que era o último, até a sala onde ela dormia. Agachado, fui para junto dela, descobrí o lençol, abaixei a camisola e fiquei alisando os seios dela, seios lindos, pequenos, durinhos; foram momentos mágicos, acredito que ela acordou e fingiu que dormia; meus dedos foram até o local mágico, virgem, proibido, com poucos pelos. Não me lembro se fui de boca aos seus dois botões.

No clube que frequentava, e frequento até hoje, fui um dos primeiros da minha idade (cerca de 14 anos) a desfilar de mãos dadas com uma namorada, cujos pais suiços, tinham uma mentalidade mais avançada.

E os banhos de piscina com a namorada, as pegações, as "encostações".... muito gostoso!

Quantas masturbações aconteceram dentro da piscina? Inúmeras.

Nas festas da época, muitos de nós meninos íamos com um suporte atlético (para segurar só os "documentos"); no meio da festa, se rolava um tesão na dança, era só enfiar a mão no bolso e liberar o "Tonho" que assim ficava ereto e cutucava as coxas e aquele triângulo delicioso das meninas. Esse procedimento porém, tinha um custo muito alto, por que saíamos pra casa morrendo de dor no saco por causa do tesão reprimido.

Ainda nessa época, fomos levados para uma casa de prostituição para a primeira transa. Fomos em um grupo de uns quatro, liderados por uma maior que já conhecia a casa. A mulher foi bem paciente comigo, dirigindo tudo, mas eu caí nos seios dela a mamar, enquanto ela colocava o Tonho no caminho certo. Do que me lembro dessa primeira, ela tinha uma vagina bem gordinha, peluda e grande, mas não era apertada (também pudera, muito uso!). Acho que dei duas.

Por hoje é só. Continuarei em outra ocasição.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

UM CAMINHO PARA A FÉ


Pode uma pessoa instruída, com alguma cultura, sem tradição familiar religiosa, adquirir fé religiosa? Eu acreditava que não, tendo em vista que a fé não combina com a racionalização de atos e fatos da vida e da história.

Há muitos anos atrás eu assistí nos Estados Unidos uma entrevista com um cientista sobre esse tema, quando o repórter perguntou se o mesmo acreditava em Deus, após tantas descobertas e evidências patrocinadas pelo homem. A resposta do cientista foi que cada vez que êle descobria mais alguma coisa, êle convencia-se que só uma mente superior poderia conceber tantas coisas maravilhosas.

Uns dez anos depois, ainda sem religião, aceitei participar de um encontro religioso da Igreja Católica, levado que fui por uma amigo. Participei de tudo, exceto a comunhão que não aceitava por não acreditar. Como eu tinha me impressionado um pouco com tantos depoimentos de fé, resolví perseverar nas reunião para ver no que dava. Durante três anos, já casado, frequentei a igreja sem jamais comungar, e em uma missa na época de natal, na hora da comunhão, quando me dei conta já tinha ido comungar e estava de volta; fiquei impressionado e ainda mais confuso porque o fato se repetiu em uma outra missa em uma igreja na Pituba.

Após a segunda comunhão fiquei raciocinando porque não acreditar nesse Jesús de quem tantas evangelistas falaram e testemunharam suas palavras, seus milagres e sua fé. Começava aí a minha caminhada de aprofundar e de abraçar a fé nesse Jesús que me tem coberto de graças e que tem relevado as minhas faltas, os meus pecados.

Louvado seja o Nosso Senhor Jesús Cristo !

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

REPENSANDO OS RELACIONAMENTOS


13/02/2008

Dois fatos acontecidos nos últimos dois dias fizeram-me repensar bastante os meus relacionamentos: uma viagem que fiz ao Vale do Capão (Chapada Diamantina, município de Palmares), e um teste on-line sobre pessoas de meu conhecimento.

O Capão, onde meu filho tem uma casa, é um lugar mágico com inúmeras belezas naturais como grutas, cachoeiras e trilhas no meio do mato, povoado por pessoas de várias partes do Brasil e do mundo, todos com um só objetivo: preservar a natureza, os costumes simples, produzir, consumir e vender apenas alimentos naturais, além de um acolhimento da população local, cheio de tranquilidade e calma.

Foi nesse ambiente que fiquei com meu filho, namorada e outros filhos de amigos e namoradas, e onde passei meu aniversário, cercado do carinho de todos, e participando de todas as atividades deles. Como faço o jejum da Quaresma, faço a minha dieta de carboidratos e alcool.

Com êles tive a oportunidade de aprofundar um pouco mais, a importância da amizade em família, rindo, chorando, conversando, acariciando. Confesso que fui bastante paparicado por ser o único pai presente, e por celebrar o meu aniversário. Foram dois dias que valeram por 200.

O outro fato de que falei foi um e-mail enviado por uma amiga, o qual é um teste, e que no final desvenda a quem você ama, quem você conhece bem, o relacionamento conflituoso, etc. É impressionante pelas verdades que extrai de respostas simples, as quais você jamais imagina que gerarão tais resultados.

Esse fato despertou em mim o sentimento de paciência que devo ter com minha mulher, com quem me desentendo bastante nos últimos anos, fruto de incompreensões mútuas. Como eu consigo ser mais forte que ela em termos decisórios e de enfrentamentos da maior parte dos problemas existenciais, cheguei à conclusão de que preciso ser paciente e tentar resgatar os sentimentos que originaram a nossa união.

Até a próxima.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O sonho do carnaval acabou


07/02/2008


Hoje quinta feira pós carnaval, já na Quaresma, a realidade da vida recomeça. Voltamos a batalhar pelos nossos sonhos, pela nossa sobrevivência, pelos nossos amores, pela nossa paz interior, e até pelo nosso Deus que ficou um pouco esquecido nos seis dias de folia.

No momento a minha atividade profissional ainda me ocupa pouco; estou aguardando um preenchimento maior do meu tempo para muito breve, e em sendo assim, posso me abrir um pouco mais com vocês, meus amigos e minha amigas.

Ontem, na missa de cinzas rezei muito por minha família, minha mãe totalmente dependente, meus amigos, minha amigas, a Comunidade da Roça da Sabina, da qual falarei em outro momento.

Nessa missa, o celebrante comentando um trecho do capítulo 6 de São Mateus, fala do direcionamento da mensagem de Jesús que nos convida a um relacionamento conosco através do jejum (nas suas diversas formas), com o próximo através da doação (uma esmola, um bem, uma visita, um carinho), e porúltimo com Deus através da oração.

Podemos explorar um pouco mais essa mensagem e teremos uma bela lição de vida.

De um modo gera, eu estou mais animado hoje com as esperanças renovadas em todos os sentidos. Tenho certeza que a minha ida à igreja ontem me fez muito bem

Até

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Um Momento


Momento angustiante o de hoje. Quase todos os meus sentimentos estão travados, amarrados, prensados.
Como eu gostaria de estar feliz, sorrindo e fazendo planos com a minha mulher. Reconheço as minhas culpas, as minhas faltas com ela, mas como forçar as ondas da nossa natureza interior? Bem que eu tento e Deus sabe quanto rezo por isso, mas essa graça ainda está por vir.
Por outro lado, alguém com quem viví um amor intenso, com apenas beijos e carícias durante uns mêses, alguém que me jurava paixão mas com uma natureza dificílima e que talvez não desse certo morando comigo, entrou no meu coração e permanece lá. Mas esquecer essa pessoa deve ser uma questão de um pouco mais de tempo. Que mala estou carregando !

Esse é a minha primeira mensagem. Outras virão!