sábado, 23 de fevereiro de 2008

O PRAZER E A DOR DO AMOR INTENSO


“Viva o Amor”, dizem os franceses, os artistas, os boêmios, os amantes.
“Viva a Paixão”, digo eu, sem ser francês nem artista, mas com um coração boêmio, amante e sonhador de aventuras (amorosas, profissionais, de lazer).
Profissionalmente adoro desafios tendo em vista ser algo novo a provocar minhas capacidades, meu ser existencial, minha alma de aventureiro, minha adrenalina.
Conhecendo-me profissionalmente, entendo porque meu coração está sempre a pulsar por uma nova emoção, um novo amor, ou por um amor que seja eterno e apaixonante enquanto dure, como diria o nosso poeta Vinicius de Moraes.
Não sou volúvel, mas a acomodação me inquieta, me deprime, tenho que ser um “moto contínuo”, mesmo deitado ou sentado, porque estarei alternando atividades de leitura, televisão, escrita, algum trabalho manual. Por isso adoro viajar, sair, ir a festas, celebrações, e a maior de todas as festas, o carnaval.
O amor provoca essas sensações de inquietações, de querer ver logo, de dizer que ama e ouvir que é amado, de pegar, acariciar, beijar, provocar todos os sentidos do corpo, eletrizar o coração.
Há alguns anos foi lançado um filme japonês chamado “O Império dos Sentidos” protagonizado pelo grande Toshiro Mifune. É uma história de um casal que se envolve em uma paixão intensa, tão imensa que eles queriam explorar ao máximo todos os sentidos do corpo que lembrassem o amor de um pelo outro. O filme termina quando ela, com o consentimento dele, decepa o pênis do amado, joga-o fora e depois sai correndo atrás, arrependida, desesperada.
Esse filme nos leva ao extremo da exploração dos sentidos. O meu ser pede, necessita de emoções um pouco mais moderadas, bem mais.
E onde fica aquele amor que de paixão, vira amor, e esse amor sedimenta uma amizade?
Também tem espaço no meu coração, ou melhor, em uma das suas metades, já que a outra é preenchida pelo lado boêmio, amante, e até um pouco devasso, metade essa que por razões familiares fica ligeiramente adormecida, mas com um “olho” de fora, atenta a qualquer oportunidade, mas procurando preservar as suas responsabilidades, quando possível.
Até mais.

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