sábado, 16 de setembro de 2017

O risco político que enfrentamos

DIÁRIO DE UM CIDADÃO

O risco político que enfrentamos
15.09.2017

Resultado de imagem para barco a velaLendo recentemente uma entrevista do consultor político francês, Guillaume Liegey, constatamos que a abstenção eleitoral de que falávamos em artigo de outubro de 2016, de cerca de 30% em São Paulo, não é um fenômeno apenas nacional, e sim mundial. É verdade, no mundo, o eleitor está cada vez mais distante dos políticos, por não mais acreditar nestes, basicamente pela sua falta de comprometimento, que corrompem e são corrompidos por se sentirem ao abrigo da justiça, e conforme consta em um artigo de J.R. Guzzo: “consideram que é um direito adquirido manter seu padrão de vida, gastos pessoais e de consumo, e que o dinheiro para isso sai do governo e não do bolso da população”.
Desta forma, com essa política enfiada nesse lamaçal, o risco para o país, é abrir o caminho para candidatos populistas, tipo Trump nos Estados Unidos, Marie Le Pen na França, e um certo “linha dura militar” no Brasil, que está até prometendo uma saída para o mar para Minas Gerais. Felizmente para a Europa, Macron conseguiu vencer as eleições na França.
A situação no Brasil é um pouco diferente, mas por conta de um ex-presidente que decepcionou uma boa parte de seus eleitores, poderemos ver crescer candidaturas que tentem se apoiar em promessas embasadas em soluções de força, esquecendo-se de que a luta para superarmos uma ditadura foi longa e nos custou um grande atraso no desenvolvimento de novas lideranças políticas. Que políticos temos hoje? A grande maioria na faixa dos setenta anos, ou filhos destes, que ainda praticam os mesmos métodos corruptos, tentando perpetuar as quadrilhas que enganam os eleitores e sugam e desviam os recursos das comunidades que deveriam proteger e desenvolver.
Que líderes confiáveis ou quase, dispõe hoje o nosso país, nos quais possamos depositar a mínima confiança em ações dignas, que lutem por melhores condições de saúde, segurança e educação? Não vejo ninguém, pelo menos por enquanto, que desperte um fio de esperança nesse eleitorado desesperançado.
A permanecer o quadro que vislumbramos hoje, corremos o risco de eleger alguém de quem muito nos arrependeremos, e de novo veremos o nosso povo desiludido, desprotegido, cansado.
Triste Brasil!

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