sábado, 22 de dezembro de 2018

Celebrando o Natal e aguardando 2019


CELEBRANDO O NATAL E AGUARDANDO 2019





Resultado de imagem para simbolos natalinosOs sinais exteriores de que estamos chegando ao fim do ano são percebidos pela montagem da árvore na nossa casa, na iluminação das ruas da cidade, na figura de Papai Noel e enfeites da época, nos presépios caseiros e das igrejas, nas novenas de Natal e outros. É uma época de expectativas, de alimentação de sonhos, de um pouco de melancolia, de muita felicidade infantil, de muitas orações, é também quando enxergamos as evidências tristes das desigualdades sociais, dos sem teto e sem nada, e comprovamos quão injusta e incompetente é essa sociedade, com os mais necessitados.
Para esse Natal, desejo a todos os meus amigos e amigas, momentos de muita paz, alegrias, um olhar especial para nós, do Cristo que nasce a cada dia. Sim, desejo muito esse tratamento carinhoso do nosso Deus Menino, porque todos nós somos merecedores, na medida dos nossos merecimentos.
Para 2019, além do que já desejei para o Natal, espero que os novos políticos não nos decepcionem, pois a mudança que os eleitores patrocinaram embutiu um voto de descontentamento muito grande com a gestão pública atual, e toda a responsabilidade por uma virada de situação está sendo colocada nas mãos dessa nova gestão. Que nesse Ano Novo, todos vocês realizem as suas mais importantes metas de vida.
Sou muito grato pela amizade de vocês, familiares e amigos, que as tristezas fiquem para trás, e que prossigamos a nossa jornada com alegria, rindo das nossas histórias, e abraçados como amigos, pois assim é que deveriam ser todos os dias das nossas vidas.

BOAS FESTAS!

WILTON OLIVEIRA

odisseiasentimental.blogspot.com.br

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Caminhando pra o Bonfim


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Caminhando pra o Bonfim
19.12.2018

Resultado de imagem para barco a velaCom um grupo de amigos, fomos à pé à Igreja de N. S. do Bonfim, no último sábado dia 15 de dezembro. Vários foram os convidados, mas poucos os que se decidiram pela peregrinação atlético-religiosa de cerca de 15 quilômetros, com a Baia de Todos os Santos à vista em boa parte da marcha.
Saímos do Porto da Barra, atravessamos a Marquês de Caravelas, Centenário, Vale do Canela, Viaduto do Campo Grande, Contorno, Cidade Baixa, Calçada, Barão de Cotegipe e finalmente o nosso destino. A passagem por baixo do viaduto do Campo Grande foi bem desagradável, pois o caminho para pedestres é intransitável, já que naquele local muitos se utilizam para satisfazer suas necessidades, daí termos que passar para a pista de veículos, o que é sempre uma opção perigosa. Ao despontarmos na Contorno, nos deparamos com a visão deslumbrante da nossa Baia e de todo o seu entorno, visualizando também a Colina Sagrada, quando reanalisamos o longo caminho que ainda nos faltava.
Observando o trecho da Contorno até a praia do Unhão, é impressionante o número de casas de um, dois e três pavimentos naquela encosta, toda ela ocupada. E não se tratam de casebres, que também existem, principalmente ocupando os espaços por baixo da pista. Registramos a existência de muitas pessoas em situação crítica,  morando embaixo de plásticos no caminho reservado a pedestres.
Continuando, chegamos à praia do Unhão, junto à Marina, aonde vimos várias canoas tipo havaianas, aparentemente para alugar, e muitos carros chegando com pessoas para praticar o esporte da canoagem. Lembrei-me que desse local, porque por duas vezes participei de uma competição de natação até o Yacht Clube. No seu entorno encontra-se o conjunto arquitetônico do Museu de Arte Moderna da Bahia, formado pelo Solar do Unhão, a Capela de N. S. da Conceição, um cais privativo, aqueduto, senzala, alambique e um chafariz.
Vemos também a Marina, que a meu ver era um equipamento que faltava a uma cidade com uma baia tão extensa. Observamos a Igreja de N. S. da Conceição da Praia, construída a partir de 1739, no mesmo local onde em 1549 Tomé de Souza mandou construir uma capela em madeira. Trata-se de uma igreja pré-fabricada em Portugal, em pedra de Lioz, que chegou ao Brasil em pedaços separados e numerados. Registro que nesse templo fui batizado.
Daí passamos pelo monumento à Cidade de Salvador (construído por Mario Cravo) , defronte ao famoso elevador Lacerda, a Rampa ou Porto dos Saveiros, onde aportavam embarcações que traziam mercadorias do Recôncavo, Mercado Modelo, prédio onde já funcionou a Alfândega, e que assumiu a condição de mercado após incêndio que consumiu o mercado original, demolido em 1969. Este ficava exatamente onde está o monumento à cidade de Salvador.
Seguimos pela Avenida da França, observamos o Forte de São Marcelo, cuja construção foi concluída em 1623, e logo ocupado pelos holandeses em 1624, de onde bombardearam a cidade. Passamos pelos armazéns das docas, o novo Terminal Marítimo, as instalações dos Fuzileiros Navais, onde funcionou durante a guerra uma base americana (Base Baker). Após cerca de duas horas fizemos uma pequena parada para beber uma água de coco nas imediações da Feira de São Joaquim, a maior feira livre de Salvador, criada na década de 1960 após a destruição por fogo da antiga Feira de Água de Meninos, que ficava em local próximo. Nessa feira pretendíamos parar na volta, para uma feijoada e cervejas, o que terminou acontecendo no Mercado Modelo.
Continuamos nosso agradável passeio, a essa altura com cerca de duas horas de percurso, passamos pelo Largo da Calçada, local da Estação de onde partiam trens para toda a Bahia e outros estados, e agora apenas para o subúrbio de Salvador.Uma tristeza para a nossa malha ferroviária. Daí,  entramos no comércio diversificado da Rua Barão de Cotegipe, e atingimos o Largo de Roma, onde já funcionou o Cine Teatro Roma, atualmente incorporado à OSID.
Quando finalmente chegamos ao Largo do Bonfim, marcamos duas horas e quarenta minutos de heroica e agradabilíssima caminhada, durante a qual demos boas risadas com casos contados. Entramos na Igreja ainda em obras, como de resto todo o largo, fizemos nossas orações e iniciamos o retorno, todos com excelente disposição. Ressalto aqui, que ao Nosso Senhor do Bonfim agradeci pela vida, pela família e pelos amigos.
WILTON OLIVEIRA
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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Censura à educação


DIÁRIO DE UM CIDADÃO


Censura à educação
26.11.2018

Resultado de imagem para barco a velaO presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou o nome de Ricardo Velez Rodrigues como futuro ministro da Educação, um professor com ampla experiência docente e gestora. Nada a censurar, sendo ele um técnico, e estando coerente com os critérios de seleção do presidente eleito. Entretanto, o que nos causa espanto é a escolha de um ministro em função do seu posicionamento frente ao projeto Escola sem Partido. Os dois nomes anteriores suscitados foram vetados pelo núcleo duro da equipe de transição, por não se alinharem com tal posicionamento, esquecendo os imensos problemas da educação brasileira, entre os quais o país de pior colocação no ranking sobre prestígio de professor, um reflexo de como a sociedade vê e remunera seus docentes, o que reflete no desempenho dos seus alunos.
Esse projeto foi criado em 2004 pelo advogado Miguel Nagib, mas foi só em 2014 que o movimento ganhou corpo como projetos de lei, apresentados inicialmente por Flávio Bolsonaro, e o segundo por seu irmão Carlos, todos eles ignorando que a liberdade de ensino e aprendizagem já estão estabelecidos na Constituição e na LDB. Diz o artigo 206 da Constituição de 1988, que “o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino”. ONDE JÁ SE VIU ESCOLA SEM PENSAMENTO CRÍTICO?  
Consta em um trecho do projeto de lei nº.7180/2014 que é preciso “determinar a conduta dos professores na transmissão dos conteúdos”. Nunca se viu tamanha asneira na educação brasileira. É o estabelecimento da censura nas escolas.
Em um estabelecimento de ensino a liberdade de pensamento e expressão tem que prevalecer. É onde o jovem forma a sua ideia crítica da sociedade e do mundo. Evidente que os excessos têm que ser combatidos, e a própria comunidade acadêmica o faz nos momentos próprios, e utilizando os meios adequados e internos, não o da repressão policial.
Recentemente o futuro ministro declarou: “Acho que está acontecendo uma discussão muito aberta e vai haver uma moderação na regulamentação disso. Não acredito que haja violação dos direitos das pessoas para se exprimirem". Parece que o filósofo colombiano não tem muita convicção dos desdobramentos da política que abraça.
Torço para que o governo dê certo, mas essa ameaça à liberdade de expressão nas salas de aula via uma lei que pretende subverter a própria Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pode se tornar um envenenamento mortal para a educação e a própria cultura brasileiras, pelo menos para a própria geração.
WILTON OLIVEIRA
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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Um povo paternalista


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Um povo paternalista
05.11.2018
Resultado de imagem para barco a velaVisitando no dia 02.11 o cemitério Jardim da Saudade, como o faço duas vezes ao ano, para levar uma muda de rosa menina para o túmulo de meu pai, andei um pouco pelas alas entre as sepulturas, basicamente observando as plantas que as recobrem, a maioria do tipo “ixora” e “boa noite”, plantas que não exigem cuidados especiais e, portanto, não dão trabalho algum aos seus responsáveis. Apesar desse aspecto, ressalto outra característica de uma necrópole, que é a igualdade a que todos são submetidos.
A conclusão que apresento a vocês amigos e amigas, é que apesar de sermos todos iguais perante a lei da vida e da morte, de um modo geral não nos sentimos muito inclinados a fazer a diferença quando o assunto é servir ao outro, seja na forma material, espiritual, uma visita a quem precisa, uma oração, aconselhamento pessoal ou profissional, ou assumir um trabalho voluntário na comunidade. Somos um pouco individualistas, e alguns, até pelo desapontamento com os políticos, procuram extrair destes, o que sabem não conseguir após a eleição dos mesmos, e assim trocando favores, situação que costuma ocorrer em regiões de baixo nível de condições de vida.
Um ex-presidente do Brasil, Getúlio Vargas, foi apelidado de pai dos pobres, e no seu governo os direitos dos trabalhadores passaram a ser amparados por lei, e nessa época, foi também implementada uma visão dos direitos sociais das classes menos favorecidas.
 Essa cultura paternalista é agravada pelo nosso passado de muita escravidão (fomos o último país do mundo a abolir essa prática abjeta), onde os grandes proprietários é que cuidavam da vida de todos, no entorno dos seus negócios.
Daí talvez advenha também, o fato do baixo nível do empreendedorismo e inovação, o que também prejudica e impede atitudes mais desenvolvimentistas em direção a um PIB mais robusto. Acrescentamos às razões acima o nosso baixo nível de ensino.
Cerca de 50 milhões de brasileiros, o equivalente a 25,4% da população, vivem na linha de pobreza e têm renda familiar equivalente a R$ 387,07 – ou US$ 5,5 por dia, valor adotado pelo Banco Mundial. Em um ambiente como esse a cultura paternalista se estabelece e se expande.
 Com uma sociedade convivendo com tamanha mancha social, o governo sozinho não consegue dar conta de tamanha tarefa, problema, aliás, criado pelos inúmeros dirigentes ao longo de tantos anos. Daí, essa mesma sociedade pode e deve assumir parte desse ônus, até por uma questão de humanidade.
Vimos durante a recente campanha política, muitos criticando, indo para as ruas, usando as redes sociais em prol do seu candidato. A eleição passou, o candidato foi eleito ou não, mas as carências continuam e são imensas.
Parte dessa população carente vive nas nossas cidades, nos nossos bairros, e uma atitude de doação por quem tem mais, não é questão de falta de tempo, e sim de vontade. Que cada um de nós descubra o seu dom e faça um pouco por quem tanto necessita.
Estamos sempre aguardando a providência de alguém, e a divina, e fazemos muito pouco por nossos semelhantes.

WILTON OLIVEIRA
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quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Um voto de vingança


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Um voto de vingança
17.10.2018

Resultado de imagem para barco a velaConsidero-me razoavelmente instruído no que diz respeito à história contemporânea, seja através da leitura constante, seja através das minhas experiências e observações pessoais ao longo da minha vida, sempre acompanhando os movimentos políticos do Brasil e do exterior. A minha convivência nos Estados Unidos ajudou-me a abrir a consciência crítica, observando os usos, costumes e reações de outra sociedade diferente da brasileira.   
Já casado, ingressei na Igreja Católica, e poucos anos depois, ajudei a fundar uma associação de bairro de uma comunidade vizinha, a qual acompanhei semanalmente por mais de trinta anos, onde ainda hoje faço uma visita umas duas vezes  por mês. Acrescento a essa minha pequena contribuição comunitária três anos atuando como catequista em uma escola noturna anexa à minha igreja, frequentada basicamente por trabalhadores autônomos do bairro.
Aprendi a entender os valores, usos, costumes e carências dessa comunidade, fazendo-me ver que aqueles que como eu tiveram a oportunidade de uma melhor educação, podem e devem ajudar a quem tem menos, nem que seja com uma palavra amiga, um conselho, uma informação de quem conhece mais o sistema social.
Vi uma melhora no nível de vida dessas comunidades mais carentes a partir do Plano Real, e depois com a política social dos governos do PT, elevando a autoestima dessas populações, com melhores oportunidades na educação, emprego e renda. Essa é uma realidade que vivi, é irrefutável, por mais argumentos que se use contra alguns desmandos perpetrados pelo partido.
A minha experiência profissional como administrador foi mais longa em uma multinacional americana, seguida por passagens no serviço público e em outras empresas privadas.
Faço esse resumo da minha vida, para demonstrar que eu sempre pendi para uma participação comunitária com comunidades carentes, pelo simples desejo de poder ajudar, e poder aliar a oração à ação, apesar de viver em outra realidade.
Com essa minha vivência e formação, jamais eu poderia ser levado a apoiar qualquer tendência política que priorizasse as classes mais abastadas em detrimento aos mais fracos, que sempre foram vítimas e usados, desde a colonização do Brasil.
Infelizmente, fomos vítimas da fraqueza e da ganância próprios do ser humano, e de que nem o próprio Cristo se livrou, pois teve um companheiro que lhe roubou e traiu. Fomos seriamente prejudicados nos programas de saúde, educação e segurança, pelos recursos desviados, além de termos sido ceifados em mais de dez milhões de empregos. Tudo isso tinha que ter uma consequência política, além das naturais policiais e jurídicas, resultando em pesadas baixas nas hostes dos seguidores. Esse povo assiste desde 2013 as manifestações de rua, multidões clamando por justiça, contra os políticos corruptos, os desmandos, abusos do poder e o desemprego que fizeram desaparecer sonhos e ilusões, além da desagregação familiar que ocorre em milhares de famílias, e até hoje quase nada mudou.
E assim instalou-se no Brasil um campo propício à manifestação de uma filosofia autoritária, pseudo salvadora, que de tempos em tempos aparece em muitas sociedades, a exemplo da recente americana, da tentativa na França, e até na pacata Suíça. Lembro ainda que após o assassinato de Julio Cesar em Roma, quando foi destruída a República, sucedeu-lhe um governo autocrático.
A ascensão política desse desconhecido deputado capitão reformado do exército, defensor de torturador, inimigo declarado de minorias sociais, tem muito a ver com a revolta do povo, que sem ter pra quem apelar, se agarra ao primeiro ilusionista que aparece, como se todos os nossos problemas pudessem ser resolvidos pelo presidente, ignorando a constituição, e os poderes legislativo e judiciário. Color foi eleito com esses rompantes autoritários (caçador de marajás), e vejam como ele terminou.
Não votarei nesse militar porque analisei com responsabilidade a nossa situação e as propostas armamentistas, e estou deveras preocupado, porque não vejo nesse professor de educação física, nenhuma qualidade que o promova além de um chefe de polícia.
WILTON OLIVEIRA
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Ameaça à democracia?


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Ameaça à democracia?
25.09.2018

Resultado de imagem para barco a velaÀ exceção dos tempos felizmente idos da malfadada ditadura militar, nunca mais tinha percebido tantas demonstrações de radicalismo como nos últimos anos, e mais acentuadamente nesta campanha eleitoral, quando as redes sociais têm tido papel preponderante.
Até o cidadão comum tem sido afetado por essa onda, quando reage revoltado pelo desemprego, pela falta de assistência à saúde, pela insegurança que não escolhe local ou classe social e pelo futuro incerto para os filhos e netos. O seu desabafo reflete-se nas tendências extremadas dos polos dessa campanha eleitoral.
Emily Bell Diretora do Centro Tow para o jornalismo digital da Universidade de Columbia, em Nova York declara: “O extremismo que vimos no início do século vinte reemerge, porque não temos um ambiente econômico, político, estável. A radicalização nas plataformas é com certeza um sintoma ou parte de algo que é muito maior.” O presidente do STF, Dias Toffoli enfatiza: “O jogo democrático é difícil”. Dilma Roussef deixa escapar mais uma de suas pérolas, referindo-se a determinado candidato a presidente: “O coiso é a barbárie”.
Passando a limpo os últimos anos da nossa história, não creio em volta da violência, tampouco renegarmos as liberdades democráticas. Quando paramos para refletir, vemos que boa parte dessa situação é responsabilidade nossa, eleitores, que elegemos quem legisla e nos governa, e jamais fazemos qualquer cobrança dos atos, principalmente desses legisladores que só cuidam dos seus próprios interesses. Infelizmente somos um pouco paternalistas, e tendemos a colocar nos ombros de terceiros as nossas responsabilidades e o nosso futuro, daí esperarmos que tal ou qual candidato vá resolver os nossos problemas. Será uma herança do coronelismo?
Essa atual dicotomia entre esquerda e direita é própria dos ambientes de insegurança social, política e financeira. Quando tudo está em paz discutimos muito pouco a política nacional. Está na hora de resgatarmos a nossa responsabilidade pela gestão da nossa casa, nos conscientizarmos que o regime que queremos é o da democracia plena, o que significa o funcionamento independente de todas as instituições, sem intervenções ou desmandos de qualquer espécie, o que significa que devemos votar em candidatos comprometidos com esse processo, e que não ameacem ou coloquem em risco nenhum estrato social. O problema é que raríssimos são os eleitores que param para refletir sobre as competências e as ideias dos seus candidatos.
WILTON OLIVEIRA
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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Manifesto por uma paz eleitoral


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Manifesto por uma paz eleitoral
18.09.2018

Resultado de imagem para barco a velaUma jornalista da Folha de São Paulo cunhou uma frase que pergunta: “Contra quem você vai votar no Brasil nessa atual campanha eleitoral?”, questão que infelizmente espelha a onda radicalista de direita que toma conta do mundo, hajam vistas as últimas eleições na França e Estados Unidos, e as manifestações nazifascistas em outras partes da Europa.
Uma outra pergunta se impõe: o povo brasileiro deseja e aplaude a paz e o desenvolvimento, ou o clima raivoso e de intranquilidade que grupos belicistas radicais tentam estabelecer no meio de nosso povo ordeiro e pacífico?
Pergunte ao povo simples e assalariado, o povo trabalhador e ordeiro, os pais e mães de famílias que lutam pela sua sobrevivência, nas lojas, fábricas, nos campos, como autônomos, camelôs e comerciantes das calçadas e pontas de ruas, o que mais desejam para si e suas famílias que em casa esperam o alimento necessário;  quem irão apoiar para presidente, se alguém que destila ódio ou quem prega ideias pacíficas para o desenvolvimento sustentável de um povo que atualmente sofre com a falta de saúde, que vê doze milhões de desempregados concorrendo com ele por um emprego, que vê a roubalheira, a corrupção e a incoerência de quase que a totalidade dos políticos. Iremos resolver os nossos problemas com as armas letais ou com estratégia, planejamento, inovação e tecnologia?  
Nunca vivi uma eleição tão singular como essa, onde o diferencial para as demais é o ambiente bastante excêntrico em que, parafraseando a capa da última edição de Exame: “Geraldo Alckmin quer ser charmoso, Ciro Gomes quer parecer calmo, Marina Silva quer ser compreensível, Jair Bolsonaro quer parecer razoável e Fernando Haddad quer ser ... Lula.
Não posso compreender que alguém que recebeu uma facada e encontra-se hospitalizado, encontre ânimo para tirar uma foto imitando o porte de uma arma de fogo. Tem que ser alguém que é um apologista da violência, para nos agredir desse jeito, ou contestar a lisura dos pleitos pelo sistema das urnas eletrônicas, como se em toda a sua vida de político e a de seus filhos não tivesse vivido sob a égide desse sistema.
A forma de combatermos essas discrepâncias é através do nosso voto, e não só aos candidatos a presidente e governador, mas também e não menos importantes, aos legisladores, deputados estaduais, federais e senadores, a quem espero vocês deem o voto a candidatos de primeira legislatura. Só assim propiciaremos uma verdadeira renovação na súcia existente nessas casas legislativas.
WILTON OLIVEIRA
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quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Nossas angústias diárias


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Nossas angústias diárias

09.08.2018

Resultado de imagem para barco a velaObservando transeuntes nos passeios da cidade, ou em um shopping, na igreja ou em qualquer outro local, não podemos aquilatar o volume de problemas que cada um carrega, que é a sua própria cruz, as suas tristezas, necessidades, arrependimentos, planos desfeitos, orçamentos insuficientes, desemprego, doenças em si próprio ou em alguém próximo, amor desfeito, e uma miríade de cruzes dos mais variados pesos e tamanhos.
Todas elas, em maior ou menor grau nos causam muitas angústias, e às vezes até desesperos, podendo conduzir-nos a atos impensados e dores insuportáveis, em nós mesmos ou naqueles que nos cercam.
Nesses momentos de dor, e após tentarmos a ajuda de Deus e de todos os santos, e não termos nossos desejos satisfeitos, nos decepcionamos com tudo e com todos, incluindo os poderes celestiais; sentimo-nos derrotados, desarmados, impotentes para nos levantarmos, retornando ao nosso caminho.
O pior sentimento para quem vive essas dores é perder a esperança, desistir da misericórdia dos céus, já que a da terra é mais difícil, tendo em vista que a cada dia estamos mais preocupados com os nossos próprios problemas sem conseguirmos enxergar o próximo, e este pouco pergunta por você, como está sua saúde, seu estado de espírito. Até mesmo os parentes mais próximos se afastam  quando lhe veem em dificuldade, pois receiam um pedido de ajuda.
A solidão grassa na sociedade, o seu custo social é elevado, sentindo as famílias as carências afetivas de tanto devotamento ao lado profissional de cada um, quando muitas vezes sacrifica a educação dos seus filhos, descuida da atenção aos pais e avós (muitos relegados a abrigos), dando origem ao ser solitário do nosso ambiente social.
E não adianta a tentativa de consolo de que outros têm menos ou sofrem mais, pois cada um de nós é uma pessoa única, com suas doses particulares de necessidades, não se ajustando a modelo algum, e portanto nós mesmos temos que encontrar dentro de nós, o que vai nos consolar e impulsionar na nossa estrada, erguendo e fortalecendo o nosso ego, a nossa vontade de viver, pois o que supera qualquer tipo de depressão é a ocupação, qualquer que seja ela.
WILTON OLIVEIRA
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terça-feira, 17 de julho de 2018

A Solução Militar


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

A Solução Militar
17.07.2018

Resultado de imagem para barco a velaA atual e malfadada classe política brasileira é a única responsável pela profunda desilusão na qual vivemos atualmente, e que nos pôs nessa encruzilhada eleitoral, empurrando uns poucos a aceitarem a solução “bala” propugnada por um candidato irresponsável, que há poucos dias declarou que homicida merece bala e não a lei. Quer reviver o banditismo de Lampião, a ditadura, criando um estado militar como se essa fosse a solução para o Estado Brasileiro, esquecendo que no ano passado, de acordo com o Índice de Percepção de Corrupção (publicado pela Transparência Internacional) a Coreia do Norte (de governo militar) foi eleito um dos países mais corruptos do mundo (nota 17), juntamente com seus colegas Líbia (16), Sudão (16), Somália (9). Neste ano, o Brasil ficou na posição 96; a nota foi 37, uma piora ante o ano de 2016, quando o país obteve a pontuação 40.
Apesar do desespero de uma pequena parcela da classe média, anoto aqui uma declaração de Delfim Neto que considero por demais apropriada: “Só o exercício pleno da política num regime democrático poderá gestar a sociedade que almejamos”. Ou essa de Winston Churchill: “Ninguém pretende que a democracia seja perfeita ou sem defeito. Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos”.
E o seu pleno exercício não comporta rupturas das instituições do sistema, mesmo que tenhamos consciência que essa estrutura trabalha pra si própria, não dispondo de quase nenhuma folga orçamentária para o que deveria ser a sua finalidade fim, a saúde, a educação e a segurança, pois que só a folha de pagamento e os juros da dívida pública açambarcam quase que a totalidade dos recursos. E o desrespeito com a gestão pública continua: agora mesmo o Congresso está tramando um aumento do limite do teto salarial, uma operação que causará um efeito cascata em todo o país nas combalidas folhas do setor público. Uma safadeza, um crime que não devemos deixar impune!
Sou um revoltado com essa situação política, com essa súcia de bandidos travestidos de representantes de um povo que muito se arrepende do voto dado, e que, em breve fará uma limpa no Congresso e nas Assembléias Legislativas, expulsando a grande maioria desses bandidos, renovando a representação popular. Se os novos vierem a roubar, serão igualmente defenestrados no próximo pleito, e assim iremos aperfeiçoando a nossa democracia, não pelas armas, que nada resolve e só contribui para a divisão e a violência na sociedade, acirrando ódios desnecessários.
WILTON OLIVEIRA

sábado, 9 de junho de 2018

Essa tal felicidade


DIÁRIO DE UM CIDADÃO


Essa tal felicidade
Resultado de imagem para barco a velaMuitos de nós se queixam quando algum acontecimento desagradável nos abate. Aí choramos, nos lamentamos, imploramos a misericórdia de Deus, corremos para a igreja, procuramos alguém com quem desabafar, acendemos uma vela (ou várias) para o nosso santo preferido, alguns até se revoltam com Deus e O culpam pela má sorte.
Mas, o que é felicidade? Onde ela está? Como alcança-la? O que fazer para que a mesma seja percebida?  
Comecemos pela definição. Encontrei esta na internet: “A felicidade é um momento durável de satisfação, onde o indivíduo se sente plenamente feliz e realizado, um momento onde não há nenhum tipo de sofrimento”. Diversos filósofos estudaram e analisaram a felicidade. Para o grego Aristóteles, a felicidade diz respeito ao equilíbrio e harmonia praticando o bem; para o também grego, Epicuro, a felicidade ocorre através da satisfação dos desejos; Pirro de Élis também acreditava que a felicidade acontecia através da tranquilidade. Para o filósofo indiano Mahavira, a não violência era um importante aliado para atingir a felicidade plena. Os filósofos chineses também pesquisaram sobre a felicidade. Para Lao Tsé, a felicidade poderia ser atingida tendo como modelo a natureza. Já Confúcio acreditava na felicidade devido à harmonia entre as pessoas.
Eu diria que felicidade é um estado de satisfação onde não há nenhum tipo de sofrimento.
Onde ela está? Como alcança-la? As respostas aqui podem ser as mais diversas, a depender de cada ser humano, porque as nossas metas de satisfação variam muito, dependendo desses objetivos que queremos alcançar, e também do meio ambiente em que nos encontramos, das nossas limitações físicas e financeiras. Podemos nos sentir felizes contemplando o mar, a natureza, abraçando alguém que amamos, recebendo um prato de comida, um cobertor, recebendo a notícia da recuperação da saúde de alguém que amamos, e tantos outros.
Para alcançar a felicidade é essencial que nos conheçamos e nos questionemos aonde queremos chegar. Eu diria que o primeiro passo é afastar o que nos aborrece, o que nos transtorna, o que estressa o nosso ser.  “Em um momento de felicidade vislumbramos o céu”. Afastar o que nos aborrece é tarefa que só o indivíduo pode realizar, porque só ele pode avaliar as consequências de seus atos. A felicidade perene é quase impossível. “Não existe felicidade que sempre dure, nem mal que nunca se acabe”. Mas existem pessoas ou circunstâncias que nos fazem mal e nos estressam, e só nós para sabermos como nos livrar do fardo que nos oprime.
Se tivermos sorte ou soubermos escolher a companhia que na maior parte do tempo (o tempo todo é altamente improvável) nos faça feliz, teremos realizado uma boa parte dessa missão ou objetivo de ser feliz. Mas como felicidade é um sentimento que não se alimenta apenas de pessoas, mas também de imagens, ambientes, sons (a música nos enleva), odores, etc., não podemos afirmar que não existem pessoas solitárias mas igualmente felizes.
Lembrei-me agora de um verso de uma música de Fábio Junior:
“Felicidade brilha no ar
Como uma estrela, que não está lá
É uma viagem, doce magia
É uma ilusão que a gente não escolhe
Mas que espera viver um dia”

WILTON OLIVEIRA
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sábado, 26 de maio de 2018

Tempos Turvos


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Tempos Turvos

26.05.2018

Resultado de imagem para barco a velaQual dia da nossa atualidade não vemos, ouvimos e lemos notícias que nos remetem a momentos de profunda insegurança e incerteza quanto ao nosso futuro e da nossa família, em aspectos financeiros, de saúde, segurança e até de mobilidade? Os sinais estão em toda a parte: absoluta falta de confiança no governo e nos políticos, o desemprego renitente, a criminalidade rondando as nossas portas, a educação das nossas crianças continuando a ser relegadas (até a merenda escolar é assaltada), uma saúde pública que não existe, e que nos últimos dois anos recebeu um contingente de mais 2,8 milhões de brasileiros que deixaram de pagar planos de saúde pelas dificuldades vividas.
E nesta semana nos defrontamos com mais uma ameaça: o desabastecimento, oriundo de uma justificada insatisfação dos caminhoneiros, que não mais suportam pagar pelo principal insumo da sua prestação de serviço, o óleo diesel, cujo custo já comprometeu a capacidade de manutenção do seu veículo, e a sua própria sobrevivência. Só após pararem o país foi que o governo começou a sair da sua constante letargia, após quase um ano em que foi advertido pelos próprios caminhoneiros que eles poderiam parar.
Um país que tem mais de 60% de sua carga transportada por via rodoviária, não pode se descuidar desse modal. Os 21% transportados pela ferrovia e 14% por hidrovias e marítima, referem-se predominantemente a commodities como grãos, minérios, insumos agrícolas, petróleo e derivados. Como vemos, a quase totalidade do abastecimento de nossas necessidades diárias depende mesmo do caminhão e do caminhoneiro.
O maior responsável pela situação política caótica em que vive o país, é o eleitor, que elegeu para essa atual legislatura (2015-2018) metade dos atuais deputados e senadores (são 238 no total)que atualmente respondem a algum processo investigatório no Supremo Tribunal Federal (STF) (Fonte: Revista Congresso em Foco). Até o presidente atual é altamente suspeito e também investigado por falcatruas cometidas, sem falar que um ex-presidente se encontra preso. Essa situação não é muito diferente nos estados e municípios, onde nestes, até a merenda escolar é surrupiada em prol dos bolsos de prefeitos, secretários e vereadores.
Meus amigos e amigas, com um corpo diretivo e legislativo desse, é muito pouco provável alcançarmos índices de excelência que nos façam avançar e não retroceder ou estagnar, além de vivermos em constantes sobressaltos.
E não adianta uma minoria (eu chamaria até de irresponsável) propugnar pela saída da força, militar ou seus representantes. Isso é atitude de desesperados, de rendidos, que tendem a abdicar da democracia, quando pretendem eleger alguém que só acredita na força das armas, ameaçando a nossa já combalida democracia.
Mais uma vez volto a defender nesse blog a minha mais profunda convicção de que não votemos em político algum com mandato atual, ou que tenha tido, ou mesmo filho de algum. Quando o baralho de candidatos estiver à mesa, escolhamos um novo com propostas que nos pareçam razoáveis, e de preferência que defenda o voto distrital, providência que também já defendi aqui neste espaço.
WILTON OLIVEIRA
odisseiasentimental.blogspot.com.br

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Entre o voto e o ódio


DIÁRIO DO CIDADÃO


Entre o voto e o ódio
16.04.2018

Resultado de imagem para barco a velaÉ quase impossível em qualquer sociedade, em algum momento, pelos motivos os mais diversos, não existir posições extremadas de alguns de seus membros, posições que se não contidas ou amainadas em tempo, certamente descambarão em violências físicas e materiais, vindo a destruir qualquer projeto que se tenha feito ou esteja sendo tecido, inclusive o de pacificação do próprio meio social.
Mas essa pacificação só se dá através do entendimento e da confiança, movimento esse que deverá ser capitaneado principalmente por todos aqueles que se isentam de arroubos de contestações, agressões e provocações que nada agregam, e são comportamentos próprios da juventude. Infelizmente, uma pequena parcela de insatisfeitos patrocinam ou lideram campanhas raivosas.
É bem verdade que as nossas instituições públicas não ajudam muito quando  não exercem as suas atribuições próprias, como gestores e juízes, o que revolta o cidadão, levando-o muitas vezes a atitudes impensadas.
No momento atual, vivemos uma bipolaridade política entre duas vertentes políticas, onde vemos crescer um nível alto de insatisfações. Uma dessas alas que tem mais acesso à mídia, diariamente está a divulgar material de incentivo a esse clima de divisão interna que nada agrega ao nosso desenvolvimento. Enquanto essa briga permanece, nenhum projeto efetivo de solução dos nossos principais problemas é discutido ou votado.
É, portanto, dever de nós cidadãos mantermo-nos em uma posição que não ajude a incitar os ânimos já exaltados de todos aqueles que imaginam que em uma sociedade como a nossa, os problemas podem ser resolvidos na força e não no voto, como deve ser, o que, apesar de ser um caminho mais longo, é muito mais duradouro e mais sólido, lembrando que a democracia pode não ser o melhor sistema de governo, mas é o único em que a soberania é exercida pelo povo que elege livremente os seus governantes e representantes.  
Quando receberem alguma mensagem de propaganda raivosa para um lado ou para o outro, deletem-na e não compartilhem. É o que eu faço. Não vamos nos deixar atingir por notícias que muitas vezes são até falsas.
O nosso ponto frágil está na nossa incapacidade de elegermos bem esses representantes, para os quais só temos de quatro em anos para os substituirmos ou mantê-los.
Aliás, temos pouca prática no exercício do voto. Na 1ª eleição direta para presidente em 1894, Prudente de Morais foi eleito com 270 mil votos, ou cerca de 2% do total da população. O voto feminino data de 1932, mas em função da ditadura de Vargas, as mulheres só voltaram a votar em 1946.
Vale lembrar que a ditadura de Vargas e a dos militares de 64 privaram o eleitorado nacional do voto para presidente por nove vezes e que, em 117 anos de República com 34 presidentes, somente 16 se elegeram pelo voto direto.
O voto é o único meio valido, legal de que dispõe uma verdadeira democracia para sufragar a vontade do povo eleitor. Fora desse sistema já nos impuseram a ditadura militar que também não resolveu os problemas básicos reclamados pelo povo que são a saúde, a educação e a segurança. Até as eleições vamos analisar o quadro eleitoral para não fazermos besteira com a nossa melhor arma democrática que é o voto.
WILTON OLIVEIRA
odisseiasentimental.blogspot.com.br