quinta-feira, 11 de setembro de 2008

O SERVIÇO PÚBLICO E O SERVIÇO AO PÚBLICO



O ser humano, enquanto um ente perfeito no seu funcionamento, como são as criaturas de Deus, também recebeu do Criador o livre arbítrio para as suas escolhas de vida, de religião, de amor, de profissão, de relacionamentos diversos, enfim de tudo o que se refira ao rumo de sua existência.
Não podemos culpar nada nem ninguém sobre como vivemos, como trabalhamos, os amigos, a família, o amor que temos ou tivemos.
São escolhas nossas e somente nossas, não importam as circunstâncias sobre como chegamos a elas; sempre temos a opção do sim e do não, mesmo sob as mais adversas situações como a ameaça física à nossa vida.
Essa é uma reflexão sobre as vidas de cada um de nós, o que temos, o que somos, que opinião têm de nós, se agradamos ou desagradamos, se construímos ou destruímos, se estamos somando ou subtraindo, se estamos sendo amados ou despertando rancores e ódios.
É uma reflexão para aliviarmos o peso que na maioria das vezes nós colocamos sobre aqueles que nos cercam, a família, os amigos, a sociedade, a política, e até sobre Deus que não tem nada a ver com as nossas escolhas.
Nós somos aquilo que escolhemos ser, de forma livre e plena, e dessa forma colhemos o que plantamos para as nossas vidas, e às vezes para até o fim delas.
É bem verdade que o local, o tipo de ambiente, os amigos, a sociedade influenciam, mas jamais escolhem por nós. NÓS FAZEMOS AS NOSSAS PRÓPRIAS ESCOLHAS.
Quando escolhemos ser servidor público (isto é servidor pago pelos impostos do povo), contratamos também o fato de termos que servir a este povo, da forma mais agradável, alegre, simpática, educada, fraterna, compreensiva, amiga, paciente e colaboradora possível. E a recompensa do servidor é a satisfação do público a quem ele serve. É extremamente gratificante essa satisfação, o sorriso, o “muito obrigado”, o prazeroso sentimento do dever cumprido. É o que Jesús espera de qualquer um servidor público, de qualquer cristão, de qualquer ser humano que sirva ao povo e que se preze como cidadão.
Não deve ser servidor público quem não serve condignamente a esse povo que precisa desses serviços; deve ser afastado, defenestrado, “deletado” do serviço.
Dessa forma, alguém pode estar no serviço público, mas não necessariamente servindo ao público. Cabe ao administrador responsável e consciente, observar, analisar, julgar e agir, antes que a insatisfação possa grassar e assim destruir o todo de um trabalho.
Ser servidor público é uma missão, não é um simples emprego, é sermos o palhaço que no picadeiro esquece as agruras da vida para alegrar ao público, e quando o público ri, ele chora, chora de alegria, da mais pura satisfação do dever cumprido.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

DORES DE AMOR


Apesar de te amar, de te querer demais,
De estar sempre pensando em você
Sei que não lhe terei jamais
Por muito que seja o meu viver

É um amor estranho, ilógico, incompreensível,
Pois você parece distante, egoísta, e até interesseira
É muito trancada, parece insensível,
E em muitos momentos chega até ser grosseira.

Mas o coração é terra onde não existe a razão
Lá só cabem os sentimentos, as emoções,
As normas de convivência, de amizade, onde estão?
Pra elas não tem lugar nesses corações.


Fiz tudo que pude pra tentar descortinar o seu ser
Fui terno, carinhoso, ríspido, paciente,
Mas você, como uma figura que sentimentos não parece ter,
Tranca-se no seu castelo, apenas com o material em mente,

Lembranças lindas são as de nossas intimidades,
Quando se abriram frestas dos seus sentimentos,
Você mostrando sorrisos e olhares de felicidade,
Em alguns de nossos felizes, ternos e eróticos momentos.

Ainda guardo muitas de suas mensagens, de suas confissões,
Algumas reveladoras de um imenso querer,
São mais que palavras, são desabafos, são emoções,
Revelam o seu desejo de comigo chegar ao maior prazer.

Embora eu não queira racionalmente admitir, pensar,
Ainda me resta uma pequena, uma tênue esperança
De ainda voltar a sentir seu corpo, lhe abraçar,
Para avivar ainda mais a sua continuada lembrança.

À sua ascendência índia debito o seu ser,
Povo difícil de ser amigo, de se confiar,
Até que às vezes você se esforça, quer de nós esperar,
Amizade, exclusividade, e certeza de lhe amar.

De você não espero grandes demonstrações seja de amor ou amizade,
Os seus temores, as suas incertezas e desconfianças não lhe deixarão,
Apenas tenha a certeza que guardo com muita saudade,
Os momentos íntimos de amor e tesão que jamais se apagarão.

FÉ E REALIDADE DE VIDA


Todos os que me lêem neste momento já devem ter ouvido falar na história de Jô, como relatado no antigo testamento, “um homem íntegro, reto, que temia a Deus e fugia do mal”.
Como Satanás perguntou a Deus: “é a troco de nada que Jô teme a Deus? E continua no seu questionamento a Deus: “Não cercaste como de uma muralha a sua pessoa, a sua casa e todos os seus bens?”. “Mas estende a tua mão e toca em tudo que ele possui; juro-te que te amaldiçoará na Tua face.”
Mas a confiança de Deus na fé de Jó era tão grande que ele permite que Satanás atinja tudo o que pertence ao mesmo, exceto sua própria pessoa.
E paulatinamente o homem de fé começa a perder tudo, desde a família aos seus inúmeros bens materiais.
Mas a sua fé era inquebrantável e ele resiste a tudo, sempre perseverando, e ao final, em reconhecimento, “o Senhor o restabeleceu de novo em seu primeiro estado e lhe tornou em dobro tudo o que tinha possuído. E “o Senhor abençoou os últimos tempos de Jó mais do que os primeiros...”
Meus amigos, minhas amigas, o que percebemos muito na nossa realidade de vida é exatamente o contrário; nas aflições familiares, principalmente aquelas relacionadas à perda da estabilidade financeira, acontecem a desagregação, a desunião, os desvios de conduta, etc. Os casos mais divulgados são aqueles relacionados à seca do nordeste, quando os chefes de família desesperados, fugiam para buscar emprego, ajuda, conforto, em outras plagas.
Como combater esse terrível mal que acontece e ainda vai acontecer entre as famílias? Aqui vão algumas sugestões meus prezados irmãos.
1. Não existe homem ou mulher no mundo que não se desestruture, ou inicie esse processo em face de uma situação de infortúnio, se não confiar um pouco que seja, na providência de Deus;
2. É claro que essa confiança sempre será permeada com fases ou momentos de dúvidas e incertezas (somos humanos), mas esse homem ou mulher sempre estará se levantando para voltar a caminhar;
3. Nessa fase difícil de vida você fica bastante carente, às vezes revoltado, impaciente, de mau humor, auto-estima lá em baixo, e muitas pessoas tornam-se reclusas, não querendo falar ou ver praticamente ninguém;
4. Para isso, o fortalecimento das origens religiosas de cada um, seja através de grupos de catequese de jovens e adultos, os movimentos leigos de pastorais, os grupos de oração nos lares, o compromisso permanente com a Igreja através da freqüência semanal à missa ou culto entre outros, são fatores fundamentais que dificultarão a nossa desistência ou negação da providência de Deus;
5. Manter-se ocupado (a) o tempo todo. O remédio para a depressão é a ocupação. Procure uma atividade seja ela qual for, para que você afaste os maus pensamentos. Procure ler, assistir filmes, encontrar os amigos (apenas aqueles que não irão cobrar-lhe outra coisa que não a sua companhia), escrever, estudar, exercitar-se, e caminhando sempre em direção ao seu objetivo maior que tiver definido para a sua vida;
6. E se você ainda tiver família, faça um esforço (muito esforço) para não atingi-la com suas descargas de mau humor;
7. Se nada disso adiantar, ainda lhe restam as ajudas médicas, que através de drogas poderão aliviar-lhe parte dos sofrimentos. Mas lembrem-se, sozinhos os médicos não lhe curarão; você é que com o seu livre arbítrio deverá escolher entre a vida plena ou a meia vida e o sofrimento atroz da dor de suas perdas, da sua vaidade atingida, da sua submissão a uma nova realidade onde você não dará as cartas sozinho, será mais um na mesa do jogo. É muito duro, é penoso, chega a ser cruel, é uma realidade que pode parecer um castigo, ou ser interpretada como uma provação de vida;
8. Enfim, tal como Jô, se você conseguir sobreviver, será recompensado (tem que ter paciência), e suas desditas terão um fim, que será um novo recomeço para a sua nova fase de vida. E que Deus lhe acompanhe !

segunda-feira, 16 de junho de 2008

PRA ONDE VAI O BRASIL?



Há mais de quarenta anos atrás eu estava lendo um livro de um escritor brasileiro (Viana Moog) que tentava explicar as grandes diferenças de desenvolvimento entre o Brasil e os Estados Unidos. Entre outras coisas, o autor relacionava as origens dos colonizadores, e as dificuldades que os nossos bandeirantes enfrentaram para vencer as escarpas da Serra do Mar em direção ao oeste.
Naquela época eu estava me preparando para estudar nos Estados Unidos e tinha que ter respostas para algumas questões que também me inquietavam e que poderiam ser feitas na minha estadia por lá.
Ao longo de todos esses anos e acompanhando o nosso desenvolvimento, nunca me senti tão orgulhoso desse país como agora.
Na realidade, essa luta desenvolvimentista não é nova e não começou agora. Tem sido uma luta que não começou agora. Mas nunca relacionamos e concentramos tantas vitórias internas e externas como nos últimos anos.
Comecemos pela indústria que até recentemente se ressentia de uma situação de capacidade ociosa, para uma situação atual de ter que trabalhar em horas extras para atender à demanda, como é o caso da indústria automobilística, eletroeletrônica, alimentos, construção civil, etc. Só neste ano de 2008, a automobilística irá investir cerca de cinco bilhões de dólares na ampliação da capacidade produtiva. Para termos uma idéia do que isso significa, esse valor é superior ao que foi investido na década de 90, quando sete montadoras se instalaram no Brasil.
A construção civil, líder na absorção de mão de obra, está em ritmo acelerado, tão intenso que esta provocando a falta de cimento, gruas, mão de obra, etc. Por conta desse fato, a indústria cimenteira nacional já se prepara para investir na construção de cerca de dez novas fábricas para suprir esse mercado.
Se também pensarmos na nossa antiga dependência externa no setor de petróleo, podemos nos ufanar que hoje, embora as nossas contas de petróleo ainda estejam negativas, serão decididamente positivas em futuro bem próximo, como indicam as recentes pesquisas da Petrobrás na camada pré-sal.
É bem verdade que esse “boom” de desenvolvimento cobra o seu preço, que é colocar à mostra as nossas deficiências de falta de infra-estrutura que ainda não suporta tão alto volume de movimentação de carga. Começa com os nossos portos altamente ineficientes e caros, as nossas estradas devastadas por falta de manutenção, falta de silos para armazenar os nossos crescentes recordes de produção agrícola, e uma mais séria que é a nossa falta de mão de obra especializada.
Todos esses êxitos, associados a uma economia estável e reconhecida pelos órgãos internacionais de análise de risco, têm atraído o investimento internacional e contribuído para engordar as nossas divisas, reduzindo os nossos riscos de sermos atingidos por uma crise internacional, fortalecendo a nossa moeda, o real, a ponto de um dos maiores investidores do mundo, o americano Warren Buffet ter conquistado em 2007 a liderança do “ranking” das maiores fortunas do mundo, por conta de sua investida no mercado de câmbio, imaginem onde? Na nossa moeda tupiniquim, o real.
Até a nossa combalida educação, começa a dar sinais positivos de desenvolvimento, com índices que estão se movimentando, sinalizando uma esperança maior para a sua absorção para esse mercado em crescimento.
Estamos vendo também a explosão desenvolvimentista das nossas indústrias que começam a se transformar em multinacionais como é o caso da Vale, Gerdau, Perdigão, Embraer, a comprando empresas inclusive nos Estados Unidos, algo impensável por Viana Moog.
A nossa agricultura explode em recordes de produção, e agora somos alvos de uma campanha internacional difamatória contra a nossa liderança mundial no setor de produção de energia com base no etanol, além de dificuldades impostas à nossa exportação de carnes, onde também somos líderes.
Certamente que ainda não estamos prontos a ultrapassar os Estados Unidos, mas com certeza estamos em uma estrada bem melhor, onde estamos vencendo as nossas barreiras genéticas e geográficas e rumamos à nossa auto-afirmação e sustentação.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

CONVIVÊNCIA



O que é conviver? Segundo a Enciclopédia Britânica do Brasil é: ter convivência, ter intimidade, viver em comum.
Dessa forma, vivendo em comum, estamos sujeitos a intimidades, o que nos permite adentrarmos nos usos e costumes particulares de cada um com quem convivemos, seja em casa, no trabalho ou mesmo no lazer diário com o nosso grupo.
Como cada um de nós é um indivíduo único, jamais podemos ter a pretensão de encontrarmos um par igual, no máximo um aceitável, e é justamente aí que os conflitos podem surgir, caso não exista um forte respeito aos limites que a maioria de nós estabelece como nossas fronteiras de acesso exterior.
Alguns permitem um acesso maior, outros mais introspectivos, menor, e outros ainda não permitem quase nada, sendo que estes últimos constituem indivíduos mais solitários porque têm maiores dificuldades de relacionamento. Na convivência vamos aos poucos conhecendo as nossas fronteiras, os nossos limites (e os dos outros), processo esse que muitas vezes é precedido de algum aborrecimento, em vista do confronto estabelecido pelos limites individuais invadidos.
Podemos relacionar alguns tipos de personalidades para esse nosso artigo:
1. Os que são bastante flexíveis aceitando mais que outros, essas “invasões”;
2. Os do grupo acima, mas que a cada invasão uma dose de “stress” é injetada no seu organismo;
3. Os que conscientemente não respeitam os limites de ninguém, preocupando-se apenas com as suas conveniências momentâneas;
4. Os que estão tão preocupados com as suas próprias necessidades de momento, que esquecem as “fronteiras” dos demais;
5. Os que aceitam até um determinado limite, mas que reagem agressivamente qualquer ultrapassagem;
6. Os do grupo acima mas que sua agressividade só se manifesta após o “invasor” reagir negativamente ao clamor dos direitos do “invadido”;
7. Os que são totalmente flexíveis e acham que todos devem ser iguais, e por isso acham-se no direito de ultrapassar os direitos ou fronteiras de qualquer um;
8. Os aproveitadores, que pensam que a vida é dos espertos e podem usar a “lei de Gerson”, porque só vence quem sabe aproveitar as oportunidades e pula por cima dos outros.
9. Outros ainda não permitem qualquer acesso, e nesse caso não têm muita chance de uma convivência social.
10. Por fim, temos aqueles que por estarem vivendo um momento de paixão, tudo é permitido, nada incomoda.
Para o nosso processo de adaptação em primeiro lugar devemos saber em que grupo nos colocamos e onde queremos nos colocar, e ainda tem um fator importantíssimo que é o nível de amizade ou de amor que temos em relação ao outro, o que vai definir boa parte da flexibilidade.
Eu por exemplo encaixo-me no grupo seis. Aceito as invasões desde que considere justificadas exigindo porém que mantenham “minha área” da mesma forma como a encontraram. É justo? Acho que é.
Você, minha amiga ou meu amigo, se gostam de manter sua privacidade e não estão conseguindo, tranquem o que for possível. É isso mesmo, tranquem. É uma forma de defesa; você não se estressa e não causa aborrecimentos aos demais. Se você tem itens que interessam aos demais, compre ou não os itens de uso comum, mantendo os seus, trancados. Mesmo fazendo isso, muitas vezes o aborrecimento aparece. pois você pode ser considerado um “chato”; isso mesmo, “um chato”.
Como fazer? Não existe uma fórmula. Temos que aprender o que menor dano nos causar, e o menor número de atritos possamos iniciar, mas uma coisa é sumamente importante e imprescindível para a nossa convivência social e familiar: temos que descobrir os nossos mecanismos psicológicos de defesa, sem que o mesmo prejudique nos nossos relacionamentos.
E os do grupo 10? Bem, esses estão sob a ação de Cupido, e nada os incomodará; pelo menos enquanto durar a paixão !

O MAIOR VALOR DA VIDA


Recentemente um famoso violonista, após um concorridíssimo concerto, resolveu postar-se em uma estação ferroviária, e utilizando o mesmo violino Stradivarius (de mais de 300 anos e de valor de milhares de dólares), começou a tocar algumas das obras da sua apresentação no teatro.
Diferentemente da sua primeira apresentação, essa segunda não chegou a atrair ninguém; ele ficou lá sozinho, tocando, sem qualquer espectador.
Essa diferenciação comportamental nos leva a questionar, porque na grande maioria das vezes, só damos valor às coisas quando as mesmas estão em um determinado contexto, em uma determinada moldura ou envolta em uma grife.
Infelizmente, a humanidade tende a agir assim ao analisar superficialmente pessoas, bens materiais, eventos, etc..
Eis alguns exemplos: 1. ser bem atendido em uma loja vai depender muito da qualidade de sua roupa; 2. O julgamento que fazemos de alguém dirigindo um carro velho com certeza não é de uma boa condição de abastança do mesmo; 3. a atração que exerce roupas de grife é imensamente maior que aquelas sem marca; 4 compare também o público e a divulgação de uma apresentação artística em local famoso com outro semelhante em local menos conhecido.
Mas, e será que no amor nos comportamos assim também? Salvo aquelas exceções de quem procura um par rico ou bem de vida, a grande maioria é fisgada pelos meandros desconhecidos do nosso coração, o qual consegue até suportar comportamentos que outros não perdoariam ou resistiriam conviver por muito tempo.
Mas, como podemos viver toda uma vida sem sermos atingidos por esse consumismo que ameaça sufocar até a nossa sobrevivência, ou pelo menos ignorá-lo em boa parte? É difícil, de alguma forma seremos atingidos, mas os mais preparados ou menos aquinhoados da sorte conseguirão um afastamento maior.
Voltando ao amor, esse sentimento supera, beleza, riqueza, idade, formação, supera tudo; é até um pouco cego, e consegue inclusive superar o racional, o aconselhável, o normal social, enfrenta tudo, consegue que o dono ou dona desse coração abdique até um trono real como já aconteceu na Inglaterra. Nem quando queremos deixar de amar, não conseguimos. O sentimento só irá se esvair no seu próprio tempo. Mas pelo menos é um sentimento autêntico, franco, não é falso como as vaidades normais.
Dessa forma, concluímos que o real valor das coisas da vida começa e termina com o amor, puro e simplesmente, todo o resto é acessório.
Só tem uma dificuldade: vivermos sempre no amor.

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

UM DIA QUE PODERIA SER MELHOR



Com certeza você já acordou um dia e os acontecimentos que se seguiram não lhe foram favoráveis e você se sentiu como se fosse o fim do mundo, mas um fim de mundo realmente, você sentindo-se solitário, sem ninguém pra desabafar, como se não tivesse ninguém pra lhe acariciar, pra lhe beijar terna e calorosamente.
Pois foi assim que me senti hoje, e sem ter pra quem apelar, voltei-me para os céus e disse: “Meu Jesús, vós que sempre me amparaste, acalentaste, me conduziste por vossas mãos nos caminhos de minha vida até agora, e que jamais me abandonaste, responda-me: até onde posso seguir com a minha fé na vossa providência, afastando os espinhos que teimam em ferir minha carne ?”
Perdoe o meu momento de dúvida, mas ela é própria da fraqueza com que nos formaste; somos frutos da Sua criação, com os nossos defeitos e as nossas qualidades.
Vós me conheceis até a mais intima das células do meu corpo, e sabeis que lhe sou devotado. As dúvidas que em muitos momentos me invadem são conseqüência do meu despreparo, da minha fraqueza, da minha covardia em combater o bom combate, enfrentando os meus próprios fantasmas e até o próprio eu.
Nesses momentos de dor e amargura esquecemos que existe uma outra realidade a qual, nos contempla com a vida, e vida em abundância, que não enxergamos pela cegueira da alma que permitimos que nos domine.
Como sobrepujarmos as nossas limitações e ultrapassarmos os nossos limites, as nossas fronteiras de fraquezas e inibições? Com certeza não é procurando ser o que não somos, nem carregando o que está além das nossas forças. Extraiamos da última gota de nossa seiva, disposição para cavarmos em solo que nos pareça propício à semeadura, onde as intervenções que fizermos sirvam de berço para sementes de frutos futuros.
Nos nossos momentos de incertezas, de lágrimas, às vezes copiosas, quando uns gostam de um ombro amigo para recostar, e outros choram silenciosamente e vertem lágrimas internas e externas, sentindo no mais profundo do ser, aquela tristeza, aquela melancolia que nos remete ao interior do nosso próprio eu, em ambiente sombrio, incerto, de onde só saímos aos poucos, quando a realidade nos chama, reservemos um espaço no nosso coração, e deixemos a luz do céu entrar.
Senhor, permita-me chorar e não desesperar, permita-me Jesús que eu veja a sua luz, e que seja cada dia mais leve a minha cruz.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O PRAZER E A DOR DO AMOR INTENSO


“Viva o Amor”, dizem os franceses, os artistas, os boêmios, os amantes.
“Viva a Paixão”, digo eu, sem ser francês nem artista, mas com um coração boêmio, amante e sonhador de aventuras (amorosas, profissionais, de lazer).
Profissionalmente adoro desafios tendo em vista ser algo novo a provocar minhas capacidades, meu ser existencial, minha alma de aventureiro, minha adrenalina.
Conhecendo-me profissionalmente, entendo porque meu coração está sempre a pulsar por uma nova emoção, um novo amor, ou por um amor que seja eterno e apaixonante enquanto dure, como diria o nosso poeta Vinicius de Moraes.
Não sou volúvel, mas a acomodação me inquieta, me deprime, tenho que ser um “moto contínuo”, mesmo deitado ou sentado, porque estarei alternando atividades de leitura, televisão, escrita, algum trabalho manual. Por isso adoro viajar, sair, ir a festas, celebrações, e a maior de todas as festas, o carnaval.
O amor provoca essas sensações de inquietações, de querer ver logo, de dizer que ama e ouvir que é amado, de pegar, acariciar, beijar, provocar todos os sentidos do corpo, eletrizar o coração.
Há alguns anos foi lançado um filme japonês chamado “O Império dos Sentidos” protagonizado pelo grande Toshiro Mifune. É uma história de um casal que se envolve em uma paixão intensa, tão imensa que eles queriam explorar ao máximo todos os sentidos do corpo que lembrassem o amor de um pelo outro. O filme termina quando ela, com o consentimento dele, decepa o pênis do amado, joga-o fora e depois sai correndo atrás, arrependida, desesperada.
Esse filme nos leva ao extremo da exploração dos sentidos. O meu ser pede, necessita de emoções um pouco mais moderadas, bem mais.
E onde fica aquele amor que de paixão, vira amor, e esse amor sedimenta uma amizade?
Também tem espaço no meu coração, ou melhor, em uma das suas metades, já que a outra é preenchida pelo lado boêmio, amante, e até um pouco devasso, metade essa que por razões familiares fica ligeiramente adormecida, mas com um “olho” de fora, atenta a qualquer oportunidade, mas procurando preservar as suas responsabilidades, quando possível.
Até mais.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

PARTICIPAÇÃO SOCIAL


O ser humano jamais será uma ilha; a sua necessidade de relacionar-se com outros é inerente à natureza de uma pessoa normal, e isso não mudará tão cedo, a não ser que ao longo dos próximos séculos haja uma mutação forte na sua forma de pensar e agir.

Esse relacionamento começa na família, e vai ao longo dos anos ampliando o seu mundo, os seus conhecimentos, a sua experiência com pessoas diferentes e às vêzes com línguas e países diferentes. Isso é um aprendizado, e a depender do resultado a sociedade forma alguém mais participativo (nas suas mais variadas formas) ou um introspectivo, recolhido, mais solitário.

Para mim, esse mundo induziu-me à participar, e hoje acredito que a minha experiência estudando em um outro país, onde o exercício participativo na comunidade é muito forte, influenciou-me sobremaneira.

Podemos imaginar aqui no Brasil, os alunos serem convocados pela escola para ajudarem na arrumação da mesma dias antes do início do ano letivo, e todos comparecerem felizes e satisfeitos por estarem colaborando com a comunidade e com êles próprios? Se isso acontece, deve ser em pouquíssimos locais.

Essa participação em um país como o nosso, com imensas desigualdades sociais, faz-se mister, pelo fato de se tornar uma tarefa hercúlea para o governo sozinho cuidar de tudo e de todos. E quanto mais instruído ou detentor de posses seja o indivíduo, maior é a sua responsabilidade social, pois basta que o mesmo olhe um pouco para os lados, para ver ou perceber o tamanho das carências e da miséria, pela qual somos todos responsáveis.

Dessa forma, podemos analisar os talentos ou as posses que temos, e verificar o que podemos oferecer ou distribuir, e agir de imediato junto a sua família, vizinhança, igreja, periferia de sua cidade. Mas aja de uma forma prazerosa, apreciando cada esforço seu em fazer chegar ao destino a sua mensagem de amor ao próximo. Vivencie as necessidades desses próximos, sente, converse, reze, sorria, dance e abrace-os.

Se o seu talento for ensinar, procure um assunto que interesse a essa comunidade, se for costurar, crie um grupo para preparar enxovais, se for cozinhar participe da cozinha dos mutirões da comunidade, se for escrever, crie um jornal enfim, descubra dentro de você mesmo como ajudar o próximo com alegria.

E Deus estará olhando por você, e até carregando-o para que você melhor desempenhe as suas tarefas junto os Seus filhos necessitados.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

EXPERIÊNCIAS SEXUAIS



O sexo sempre foi um lado forte da minha personalidade. Já com cêrca de 12 anos estava me beijando com a primeira namorada (mais velha), o que foi um horror pra minha mãe que me pegou chupando a boca dessa paraibana chamada Elaine, e para a qual escreví esses versos: Meu amor é tão querido / Quando brigo fico sentido / Dai-me um beijo meu amor, que o velho tempo passou.
Mas retornando um pouco no tempo, com cerca de 5 pra 6 anos, lembro-me do primeiro contato com assuntos sexuais, ao receber o convite de um colega do jardim infantil (o cara era bem pior que eu!) para nós tentarmos transar com uma das coleguinhas. Êsse fato nunca esquecí!
Logo em seguida apareceram os famosos "catecismos", ou seja, revistas em quadrinhos de sacanagem, o que provocava muitos "calos" nas mãos de nós meninos. Eu então, nem se fala; era só visualizar umas figuras de mulher nua e "êle" reagia logo, querendo se afogar. Ainda hoje "ele" não resiste a umas fotos ou situações de sacanagem sensuais.

Uma certa ocasião uma prima minha foi passar uns tempos lá em casa; ela era bonitinha e já tinha uns seios grandinhos. Eu tentava agarrar ela sempre que nos víamos a sós; ela gostava de mim e aceitava meus avanços; beijava a boca e pegava nos seios. Uma noite, cheio de tesão, com todo mundo dormindo em casa, atravessei o apartamento todo de quatro, desde o meu quarto que era o último, até a sala onde ela dormia. Agachado, fui para junto dela, descobrí o lençol, abaixei a camisola e fiquei alisando os seios dela, seios lindos, pequenos, durinhos; foram momentos mágicos, acredito que ela acordou e fingiu que dormia; meus dedos foram até o local mágico, virgem, proibido, com poucos pelos. Não me lembro se fui de boca aos seus dois botões.

No clube que frequentava, e frequento até hoje, fui um dos primeiros da minha idade (cerca de 14 anos) a desfilar de mãos dadas com uma namorada, cujos pais suiços, tinham uma mentalidade mais avançada.

E os banhos de piscina com a namorada, as pegações, as "encostações".... muito gostoso!

Quantas masturbações aconteceram dentro da piscina? Inúmeras.

Nas festas da época, muitos de nós meninos íamos com um suporte atlético (para segurar só os "documentos"); no meio da festa, se rolava um tesão na dança, era só enfiar a mão no bolso e liberar o "Tonho" que assim ficava ereto e cutucava as coxas e aquele triângulo delicioso das meninas. Esse procedimento porém, tinha um custo muito alto, por que saíamos pra casa morrendo de dor no saco por causa do tesão reprimido.

Ainda nessa época, fomos levados para uma casa de prostituição para a primeira transa. Fomos em um grupo de uns quatro, liderados por uma maior que já conhecia a casa. A mulher foi bem paciente comigo, dirigindo tudo, mas eu caí nos seios dela a mamar, enquanto ela colocava o Tonho no caminho certo. Do que me lembro dessa primeira, ela tinha uma vagina bem gordinha, peluda e grande, mas não era apertada (também pudera, muito uso!). Acho que dei duas.

Por hoje é só. Continuarei em outra ocasição.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

UM CAMINHO PARA A FÉ


Pode uma pessoa instruída, com alguma cultura, sem tradição familiar religiosa, adquirir fé religiosa? Eu acreditava que não, tendo em vista que a fé não combina com a racionalização de atos e fatos da vida e da história.

Há muitos anos atrás eu assistí nos Estados Unidos uma entrevista com um cientista sobre esse tema, quando o repórter perguntou se o mesmo acreditava em Deus, após tantas descobertas e evidências patrocinadas pelo homem. A resposta do cientista foi que cada vez que êle descobria mais alguma coisa, êle convencia-se que só uma mente superior poderia conceber tantas coisas maravilhosas.

Uns dez anos depois, ainda sem religião, aceitei participar de um encontro religioso da Igreja Católica, levado que fui por uma amigo. Participei de tudo, exceto a comunhão que não aceitava por não acreditar. Como eu tinha me impressionado um pouco com tantos depoimentos de fé, resolví perseverar nas reunião para ver no que dava. Durante três anos, já casado, frequentei a igreja sem jamais comungar, e em uma missa na época de natal, na hora da comunhão, quando me dei conta já tinha ido comungar e estava de volta; fiquei impressionado e ainda mais confuso porque o fato se repetiu em uma outra missa em uma igreja na Pituba.

Após a segunda comunhão fiquei raciocinando porque não acreditar nesse Jesús de quem tantas evangelistas falaram e testemunharam suas palavras, seus milagres e sua fé. Começava aí a minha caminhada de aprofundar e de abraçar a fé nesse Jesús que me tem coberto de graças e que tem relevado as minhas faltas, os meus pecados.

Louvado seja o Nosso Senhor Jesús Cristo !

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

REPENSANDO OS RELACIONAMENTOS


13/02/2008

Dois fatos acontecidos nos últimos dois dias fizeram-me repensar bastante os meus relacionamentos: uma viagem que fiz ao Vale do Capão (Chapada Diamantina, município de Palmares), e um teste on-line sobre pessoas de meu conhecimento.

O Capão, onde meu filho tem uma casa, é um lugar mágico com inúmeras belezas naturais como grutas, cachoeiras e trilhas no meio do mato, povoado por pessoas de várias partes do Brasil e do mundo, todos com um só objetivo: preservar a natureza, os costumes simples, produzir, consumir e vender apenas alimentos naturais, além de um acolhimento da população local, cheio de tranquilidade e calma.

Foi nesse ambiente que fiquei com meu filho, namorada e outros filhos de amigos e namoradas, e onde passei meu aniversário, cercado do carinho de todos, e participando de todas as atividades deles. Como faço o jejum da Quaresma, faço a minha dieta de carboidratos e alcool.

Com êles tive a oportunidade de aprofundar um pouco mais, a importância da amizade em família, rindo, chorando, conversando, acariciando. Confesso que fui bastante paparicado por ser o único pai presente, e por celebrar o meu aniversário. Foram dois dias que valeram por 200.

O outro fato de que falei foi um e-mail enviado por uma amiga, o qual é um teste, e que no final desvenda a quem você ama, quem você conhece bem, o relacionamento conflituoso, etc. É impressionante pelas verdades que extrai de respostas simples, as quais você jamais imagina que gerarão tais resultados.

Esse fato despertou em mim o sentimento de paciência que devo ter com minha mulher, com quem me desentendo bastante nos últimos anos, fruto de incompreensões mútuas. Como eu consigo ser mais forte que ela em termos decisórios e de enfrentamentos da maior parte dos problemas existenciais, cheguei à conclusão de que preciso ser paciente e tentar resgatar os sentimentos que originaram a nossa união.

Até a próxima.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

O sonho do carnaval acabou


07/02/2008


Hoje quinta feira pós carnaval, já na Quaresma, a realidade da vida recomeça. Voltamos a batalhar pelos nossos sonhos, pela nossa sobrevivência, pelos nossos amores, pela nossa paz interior, e até pelo nosso Deus que ficou um pouco esquecido nos seis dias de folia.

No momento a minha atividade profissional ainda me ocupa pouco; estou aguardando um preenchimento maior do meu tempo para muito breve, e em sendo assim, posso me abrir um pouco mais com vocês, meus amigos e minha amigas.

Ontem, na missa de cinzas rezei muito por minha família, minha mãe totalmente dependente, meus amigos, minha amigas, a Comunidade da Roça da Sabina, da qual falarei em outro momento.

Nessa missa, o celebrante comentando um trecho do capítulo 6 de São Mateus, fala do direcionamento da mensagem de Jesús que nos convida a um relacionamento conosco através do jejum (nas suas diversas formas), com o próximo através da doação (uma esmola, um bem, uma visita, um carinho), e porúltimo com Deus através da oração.

Podemos explorar um pouco mais essa mensagem e teremos uma bela lição de vida.

De um modo gera, eu estou mais animado hoje com as esperanças renovadas em todos os sentidos. Tenho certeza que a minha ida à igreja ontem me fez muito bem

Até

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Um Momento


Momento angustiante o de hoje. Quase todos os meus sentimentos estão travados, amarrados, prensados.
Como eu gostaria de estar feliz, sorrindo e fazendo planos com a minha mulher. Reconheço as minhas culpas, as minhas faltas com ela, mas como forçar as ondas da nossa natureza interior? Bem que eu tento e Deus sabe quanto rezo por isso, mas essa graça ainda está por vir.
Por outro lado, alguém com quem viví um amor intenso, com apenas beijos e carícias durante uns mêses, alguém que me jurava paixão mas com uma natureza dificílima e que talvez não desse certo morando comigo, entrou no meu coração e permanece lá. Mas esquecer essa pessoa deve ser uma questão de um pouco mais de tempo. Que mala estou carregando !

Esse é a minha primeira mensagem. Outras virão!