domingo, 22 de dezembro de 2019

UM VOTO DE BOAS FESTAS





DIÁRIO DE UM CIDADÃO



UM VOTO DE BOAS FESTAS

22/12/2019

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Seria maravilhoso se pudéssemos renascer, reviver, recomeçar do início, poder apreciar de novo todos os momentos maravilhosos que já vimos e sentimos, e refazer da forma correta os nossos atos reprováveis do passado, quando os mesmos aconteceram. Tudo isso é impossível para o ser humano. Quanto aos erros cometidos com pessoas, apenas podemos tentar remediar as suas consequências, que se projetam até o momento em que tomamos consciência dos mesmos, e decidimos nos redimir. Só isso! E o Natal é um período forte para esse ato, embora não o único.

Estamos falando primeiro das pessoas, porque estas são as que importam para a nossa convivência. São elas que unidas podem construir, reconstruir, tornar melhor a vida dos seus semelhantes, evitar a violência, melhorar a assistência médica e educacional, encher de esperança os jovens, assistir aos adultos e fazer sorrir as crianças.

Tornar melhor o ambiente familiar, pessoal, profissional e comunitário é o alvo que perseguimos desde quando percebemos que algo nos incomoda, nos agride, nos causa algum tipo de prejuízo, e quando vislumbramos as soluções, aí começam outros tipos de problemas, porque aquelas soluções, na maioria das vezes, não são aceitas pela totalidade dos que nos cercam, e quando isso acontece, temos que exercitar um outro tipo de qualidade, que é o da paciência e compreensão. É uma outra dimensão, que exige de nós reservas de sentimentos de paz, que na maioria das vezes não temos o suficiente.

É verdade, conviver é difícil, e foi por nos transmitir lições de como superar nossas deficiências, que Jesus Cristo é lembrado até hoje, por todos, em todo o mundo.

Que essa herança do Jesus cujo nascimento celebramos no Natal, jamais se perca em nós, que cada dia de nossas vidas nos lembremos que temos algo a edificar, a construir, a conquistar, a perdoar.

UMA EXCELENTE COMEMORAÇÃO DO NATAL PARA A MINHA FAMÍLIA, MEUS AMIGOS E UMA PROFUSÃO DE DESEJOS REALIZADOS PARA TODOS, PARA OS PRÓXIMOS ANOS!


WILTON OLIVEIRA





segunda-feira, 11 de novembro de 2019

UM GOVERNO DE SITUAÇÃO E OPOSIÇÃO


ODISSÉIA SENTIMENTAL

Resultado de imagem para barco a velaNão existe no Congresso Nacional nenhum oposicionista que mereça ser chamado como tal, pois até agora, o Presidente e seu clã têm assumido ambos os papeis de situação e oposição, este evidenciado pelas inúmeras demonstrações de absurdos verbais que fazem a alegria dos partidos oposicionistas, Não se passa uma semana sem que o Presidente ou um dos seus filhos, e em segundo plano, um dos seus ministros, criem um fato novo de repercussão nacional. E não venham me dizer que a culpa da divulgação é da imprensa, da Folha, da Rede Globo ou da Veja, pois se os escândalos provocados não fossem de aceitação do público em geral, esses veículos de comunicação não se dariam ao trabalho de divulga-los, pois a imprensa vive da venda de notícias.
A última absurda e deprimente manifestação desse clã que não existe para manter sadia a nossa democracia brasileira partiu, do filho deputado federal, que deixou escapar os desejos ditatoriais da família, clamando por um novo AI-5 para combater as oposições ao governo do pai, que vê seus seguidores reduzindo-se a cada dia, por não aprovarem tanta estupidez em tão pouco tempo. Todos os líderes de cada uma das Casas Legislativas, do STF, de todos os partidos políticos inclusive o do PSL, governadores, prefeitos (inclusive o de Salvador), manifestaram-se veementemente contra o atentado à democracia e até contra o seu mandato. Incrivelmente, o chefe do gabinete de segurança institucional, general da reserva Augusto Heleno Fragoso, até então tido como comedido, endossou o absurdo proferido.
Com a entrada de Lula no jogo político, talvez essa balança se equilibre, mas corremos o risco de vermos a radicalização se agravar, o que é péssimo para o Brasil, pois esse jogo de gato e rato termina se refletindo no Congresso Nacional, atrasando a aprovação de reformas cruciais para economia.
E falando em reformas, louve-se a iniciativa do governo que pretende fundir municípios de menos de 5.000 habitantes e menos de 10% de receita própria, o que pode resultar em uma redução de até 1.254 municípios. Imagine-se a economia resultante da redução de tantas estruturas administrativas, com seus cargos públicos, vereadores, veículos, etc. Imagino que sendo 2.020 um ano de eleições, tal proposta não vai vingar. Mesmo passadas as eleições, não acredito que tal reforma possa prosperar, pelo tamanho dos interesses políticos envolvidos. Mas é do jogo político, e somos todos nós que elegemos esses legisladores que no embate das casas legislativas esquecem do interesse público e só cuidam dos seus próprios interesses. Uma lástima!

WILTON OLIVEIRA
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terça-feira, 8 de outubro de 2019

O BRASIL QUE ALMEJAMOS


ODISSEIA SENTIMENTAL

O BRASIL QUE ALMEJAMOS

Resultado de imagem para barco saveiroRecentemente o nosso querido Papa Francisco se referiu às ideologias como uma arma perigosa e divisionista. A nossa Santa Dulce dos Pobres construiu o que talvez seja a maior obra assistencial do Brasil, transitando de forma equidistante entre políticos e governantes das mais variadas matizes ideológicos, com foco no seu “Partido dos Pobres”, jamais se envolvendo em política partidária.
Cada um de nós brasileiros sempre haveremos de ter as nossas próprias preferências, mas jamais tentar impor, criticar ou ridicularizar as opiniões de quem quer que seja, estimulando um ambiente divisionista na política, entre amigos e até entre familiares. Pessoalmente confesso uma profunda antipatia em receber mensagens e vídeos políticos e, pelo fato de expressar esse meu sentimento já fui deletado de rede de amigos. Estou também me policiando para não fazer a mesma coisa. Mensagens políticas só humorísticas.
Que assuntos dominam as conversas dos brasileiros? Sabendo que temos 12 milhões de desempregados, ou um terço da classe C que ganha até R$1.100,00, e que junta com as classes C e D formam mais de 90% da população brasileira, ou mais de 186 milhões de pessoas, eu diria que com certeza a política não é o assunto predileto, e sim os seríssimos problemas de saúde, segurança, educação e renda para manter as famílias. Os restantes 21,3 milhões, ou 10,29% da população são os que provavelmente mais se interessam pela política; pessoas que ganham entre R$7.200,00 e R$11.000,00 ou mais.
Portanto, amigos e amigas, é bom tomarmos conhecimento dos assuntos importantes do país, principalmente aqueles que dizem respeito à nossa sobrevivência, bem como, como agiram os candidatos que elegemos, e só. Não interessa à população qual o partido de cada candidato, pois com 35 partidos registrados e 75 em formação, não existe no mundo tanta ideologia para contemplar cada uma dessas facções políticas, e aí chegamos ao ponto de que o que mais importa ao eleitor são as ideias do candidato sobre como ajudar a comunidade que quer representar, o seu caráter, a sua retidão, a sua história de vida. A sua ideologia é o que menos importa. Começo a me envergonhar de tanto radicalismo, e até mesmo tanto ódio; isso não pode fazer bem à sociedade. Extremismos nunca fizeram bem em lugar nenhum do mundo. Vejam o que aconteceu na Alemanha. Copio aqui o conceito de extremismo da Wikipédia: “extremismo, em política, refere-se a doutrinas ou modelos de ação política que preconizam soluções extremas, radicais e revolucionárias, para os problemas sociais.
Frequentemente está associado ao dogmatismo, ao fanatismo e à tentativas de imposição de estilos e modos de vida, bem como à negação radical de valores vigentes. O extremismo, unido ao unilateralismo, resulta em total fechamento ao diálogo e à negociação.”
Procurem ver também o resultado das ações de grupos como o Al-Qaeda, o Boko Haram, o Hamas, o Estado Islâmico e tantos outros. Quantas mortes, prisões indevidas e mortes perpetraram.
Mais recentemente vemos a eleição de Trump incentivando o radicalismo com um discurso sexista, xenófobo e belicista, e aqui no Brasil com Bolsonaro com uma agenda de extrema direita, incentivando o uso da força e até a tortura (elogios às ações de 64)., cercando toda uma política moralista. Até na Europa vimos isso acontecer na eleição de Macron, com a direita representada por Marine Le Pen em crescimento significante.
Espero que essa onda odiosa não nos atinja de forma a impactar e nortear a maior parte das ações de governo. E aqui utilizo-me de uma expressão tradicionalmente associada a São Bento: “VADE RETRO SATANAS”.

WILTON OLIVEIRA
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terça-feira, 24 de setembro de 2019

Um presidente claudicante


ODISSEIA SENTIMENTAL  

24/09/2019
Resultado de imagem para barco a velaTenho alguns amigos que estudaram comigo nos Estados Unidos, com os quais comento algumas vezes a política dos dois países. Damos boas risadas, pois ambos os presidentes são extremamente deselegantes, nem um pouco estadistas. O Bolsonaro, por sua vez, apresenta defeitos adicionais, e está jogando a tradicional diplomacia brasileira no lixo, ao agredir dirigentes de países parceiros do Brasil, como o fez hoje ao discursar na ONU, onde também agrediu o cacique Raoni, chamando-o de peça de manobra de governos estrangeiros. Um absurdo para o cacique de 89 anos do povo caiapó, um líder indígena de influência internacional.
Bolsonaro não possui respeito sobre qualquer pessoa, instituição e até países, e quando se envolve em um diálogo e ouve algo que não lhe agrada, larga impropérios, comentários deselegantes e desrespeitosos, sem qualquer cerimônia, como se ainda estivesse em campanha política.
Posa de defensor da retidão e ajuda a esconder Queiroz que ajudou nas falcatruas do filho na Assembleia do Rio; permite um jantar de campanha do filho à embaixada dos Estados Unidos no valor de US$1.000,00, insinua a permissão de mineração em terras indígenas, faz chacota com a esposa do presidente da França e outras tantas declarações, todas indignas de serem proferidas por qualquer cidadão brasileiro, muito menos pelo presidente da república.
Não é à toa que o índice de reprovação de Bolsonaro vai de 33% a 38%. A reprovação vem subindo e a aprovação vem caindo sistematicamente, e esta queda é fruto, unicamente desse comportamento, que pode muito bem ser da sua natureza, mas que ele não tem o direito de deixar-se agir assim, expondo todo o país à chacota internacional. O jornalista Chico Alencar comentou sobre Bolsonaro: colocou 3 filhos na política, nomeou 102 parentes em cargos públicos, admitiu ter usado verba do auxílio-moradia para “comer gente”, passou 28 anos improdutivos como deputado federal.
Temos duas reformas a caminho, uma prestes a ser aprovada, a da previdência, e outra a tributária, também com grandes chances de aprovação, e juntas formando um argumento forte de atração ao investimento estrangeiro. Infelizmente, a insegurança causada pelo comportamento presidencial pode reduzir em muito esse capital tão necessário ao Brasil nesse momento de aperto financeiro e orçamentário.

WILTON OLIVEIRA
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sexta-feira, 9 de agosto de 2019

A IMAGEM DO PRESIDENTE


ODISSÉIA SENTIMENTAL


08/08/2019

Resultado de imagem para barco a velaNormalmente a imagem que as pessoas fazem de nós é a que nós mesmos projetamos para elas. Um pouco diferente da chamada lei do espelho, que diz que o que vemos no outro é o nosso próprio reflexo. Discordo totalmente!
Um artigo de Mariliz Pereira Jorge, intitulado “Fale mais, Bolsonaro”, relata com precisão todas as verborragias do Presidente, uma relação imensa de afirmações absolutamente vergonhosas para qualquer cidadão, imagine um Presidente. Relaciono abaixo alguns absurdos proferidos:
1.    Fez piada com pinto de japonês;
22.    Chamou nordestino de paraiba;
33.    Afirmou que não existe fome no Brasil;
44.    Disse que não houve ditadura no Brasil;
55.    A jornalista torturada não foi torturada;
66.    Insinuou que sabe o que aconteceu com desaparecido político;
77.    Chamou de balela documentos oficiais sobre os mortos do regime;
88.    Disse que o nazismo é de esquerda (é muita ignorância!);
99.    Também disse que pode perdoar o Holocausto;
110. Falou que o Brasil não pode ser país de turismo gay, mas quem quiser sexo com mulher; fique à vontade;
111. Só os veganos se preocupam com o meio ambiente, e outros mais;
112. Esta afirmação agora não fez parte do artigo acima, mas foi proferida há uns dois dias, quando ele, recebendo no palácio do Planalto a viúva do militar torturador, Carlos Brilhante Ustra, chamou de herói nacional, uma figura vil, malvada, porque torturador está na base da cadeia dos assassinos oficiais, um verdadeiro algoz dos militares;
113. Nesta sexta-feira 8 de agosto, o capitão sugeriu a um repórter que ele fizesse cocô dia sim, dia não para ajudar a preservar o ambiente. É mole?
Aposto que nos noticiários da noite veremos mais bobagens.
Esse comportamento visando acirrar os ânimos dos brasileiros, dividindo-nos em dois lados, não é próprio do jogo democrático, dificulta o trabalho do parlamento (que também não é muito chegado), atrasa as discussões das reformas necessárias, aumenta a violência, desvia as atenções das instituições do que deveria ser o foco, o objetivo maior que é a educação dos jovens, agora atingida por um corte de verbas sem precedentes. Saibam amigos, que um terço das verbas destinadas ao pagamento dos parlamentares para a votação da reforma da previdência, teve origem no orçamento do Ministério da Educação. Uma lástima!
Esses comentários nos envergonham!


WILTON OLIVEIRA
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domingo, 21 de julho de 2019

Vale a pena rezar? O que ganhamos com isso?


DIÁRIO DE UM CIDADÃO


Vale a pena rezar? O que ganhamos com isso?

21.07.2019

Resultado de imagem para barco a velaA grande maioria das pessoas religiosas reza muito, e quando são atingidas por algum infortúnio então, as preces fluem aos borbotões dos corações apreensivos e entristecidos.  
Para essas pessoas não existe a dúvida sobre o poder de Deus, mas sim, se Ele as ouve, ou se são merecedoras de receber as Suas graças. Santo Agostinho nos informa que embora Deus só nos reserve o bem, a nossa oração ajuda a que este bem nos alcance mais rápido, principalmente se não nos esquecermos de agradecer por tudo o que recebemos.
Muitos de nós questionam muito o porquê de alguns terem tanto e muitos terem tão pouco. Nessa reflexão não chegamos a lugar algum a não ser o de ficarmos  mais angustiados ainda. Sempre existirão  os  mais ricos e  os menos ricos, sem significar que seja a vontade de Deus. “Não  ande averiguando quanto tu tens mas o que tu és”. Disse Santo Agostinho.
Muitas vezes a nossa oração não é atendida. Até a oração do próprio Jesus Cristo, Filho de Deus Pai não o foi. Os Evangelhos contam: “Jesus saiu e, como de costume, foi para o monte das Oliveiras. Os discípulos o acompanharam. Chegando lá Jesus lhes disse: “Orai para não cairdes em tentação”. Então se afastou dali, à distância de um arremesso de pedra, e, "de joelhos, começou a orar. “Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua (L"c.22.39-45).". A oração também serve para nos fortalecer.
Lembro-me de inúmeras vezes em que minhas orações foram atendidas, e sempre dou graças por esses momentos, portanto, luto para não me aborrecer quando meus pedidos não são agraciados por Deus.
É imensamente rico o momento em que nos dispomos a rezar, o momento que dedicamos ao Criador para agradecer primeiro, e pedir depois. Enriqueça esses momentos juntando uma imagem santa, uma vela e uma bíblia de onde tiramos um trecho e o lemos após as orações iniciais.
Oração nunca é perdida. De uma ou outra maneira ela nos ajuda, nos conecta  com Deus. A garantia disso são as palavras de Jesus Cristo: “Pedi e vos será dado”.
É interessante o conselho de São Paulo Apóstolo. Ele acredita muito na força da oração, portanto aconselha: “Orai sem cessar” (1Ts. 5.17).
Dessa forma meus amigos, minhas amigas, rezar é alimentar o nosso espírito, é nos fortalecer de esperanças, de alegria de vida com nossa família, nossos amigos, e nos imbuir de força para nos doarmos um pouco mais, sermos mais tolerantes, amarmos mais.

WILTON OLIVEIRA
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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Uma lição do velho ACM para Bolsonaro


DIÁRIO DE UM CIDADÃO
UMA LIÇÃO DO VELHO ACM PARA BOLSONARO
16.06.2019

Resultado de imagem para barco a velaEra início da década de setenta quando começaram a ser construídos os primeiros prédios do Centro Administrativo da Bahia.
Em visita que fiz à Secretaria de Planejamento, um dos primeiros órgãos públicos a serem erguidos, encontrei-me com muitos conhecidos da minha época de universidade, alguns ex-participantes de política estudantil, todos jovens e excelentes profissionais, quase todos em cargos comissionados. Um dos dirigentes de um dos órgãos visitados chegou a me confidenciar sua estupefação de como Antonio Carlos nomeava tanta gente da esquerda. Coincidentemente, pouco tempo depois o próprio governador respondia a essa pergunta, pela televisão informando que interessava a ele o resultado do trabalho da equipe, e não a filosofia política de cada um.
Esse meu comentário inicial vem a propósito do tal “viés ideológico” alegado pelo capitão presidente, como desculpa para demitir servidores de sua equipe. E o que ele está fazendo não é um preconceito ideológico? A diferença é que o velho Cabeça Branca era um líder, e Bolsonaro até hoje não conseguiu unir a equipe em torno de suas propostas, que aliás não são tantas assim. Mesmo no círculo mais íntimo ele não consegue se impor, e mesmo Paulo Guedes pode estar começando a arrumar as malas, insatisfeito com essa incompetência administrativa, e essa fábrica de crises que não para nunca.
Se pensamento ideológico fosse impedimento para o exercício profissional, Oscar Niemeyer não teria sido convidado para projetar os prédios públicos de Brasilia, trabalhando juntamente com Lucio Costa, ambos de esquerda. Aqui em Salvador, Lucio Costa fez o traçado viário do CAB, e João Filgueiras Lima (o famoso Lelé) projetou alguns dos seus prédios, além de inúmeras outras obras de vulto na cidade.
Portanto, amigos, evidencia-se nesse lamentável comportamento presidencial, mais um infeliz preconceito que nada agrega ao trabalho maior de governar o Brasil para todos os brasileiros.

WILTON OLIVEIRA
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quinta-feira, 6 de junho de 2019

Um barco desgovernado


ODISSÉIA SENTIMENTAL

UM BARCO DESGOVERNADO
06.06.2019

Resultado de imagem para saveiro barco imagensÉ horrível vivermos sob um governo que não nos provoca qualquer sentimento de pertencimento ou antagonismo a uma política nacional. Esse governo está nos tornando cidadãos um pouco indiferentes, ou melhor, queremos que tudo dê certo, torcemos por ele, mas suas atitudes não nos incentivam a ter qualquer reação. São até razoáveis algumas das suas primeiras intenções, mas um desastre a sua externalização; a sua operacionalização está cheia de idas e vindas, de verdades e enganos, de derrapagens políticas,  de tristes escolhas de auxiliares para cargos fundamentais como educação, a defesa de ideias esdrúxulas  como beneficiar motoristas irresponsáveis, caminhoneiros irresponsáveis, e mais um rol imenso de besteiras que nos  envergonham como cidadãos responsáveis; e a principal incompetência está em não saber como coordenar os movimentos do seu partido, em prol da aprovação pelo Congresso, da sua maior e principal bandeira política: a reforma da previdência. Os que deveriam ser seus melhores representantes no Congresso, a líder do governo no congresso, Joice Hasselman, o líder do governo na câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), não se entendem, e vivem se acusando mutuamente. Como pode esse barco, com um comandante absolutamente despreparado, não afeito ao cargo e considerando seu posto como um fardo demasiado pesado, como esse barco chegará ao seu destino? Ou será que outro comandante assumirá esse leme?
Pois é, amigos essa é a nossa triste realidade! Estamos em vias de parar a máquina, por estarmos correndo risco de cometer uma irregularidade perante a lei de responsabilidade fiscal. Temos que ter o aval do Congresso para emitirmos títulos da dívida pública, para fazermos caixa para continuarmos operando, e este Congresso não está trabalhando com a celeridade necessária, por falta de coordenação política, por falta de competência, por falta de gestão. O próprio partido do governo não se entende como tal. E não é culpa do congresso, é culpa do próprio governo.
Está dificílimo levar esse barco a um porto seguro com um comandante desse tipo, rodeado de tantos marinheiros de primeira viagem que não se entendem e recebem ordens díspares de vários lados. Queira Deus cheguemos sãos e salvos ao fim da jornada, nesse mar encarpelado, com ventos fortes e uivando em cada canto da embarcação.

WILTON OLIVEIRA
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terça-feira, 28 de maio de 2019

Uma polarização, insossa, inodora e insípida


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

UMA POLARIZAÇÃO INSOSSA, INODORA E INSÍPIDA

28/05/2019


Resultado de imagem para barco a velaEstou com uma certa saudade da campanha eleitoral para presidente, não pelas diatribes proferidas de parte a parte pelos candidatos, e pela enxurrada de tuites com que invadiram os nossos aparelhos celulares e a mídia, abaixando em demasia o nível da campanha, mas pela minha ânsia de análise da nossa situação política e tentar achar o melhor caminho a ser trilhado pelos candidatos, e que também satisfizessem os meus anseios de um Brasil melhor.
Os brasileiros elegeram o que acharam o melhor (muito embora muitos já estejam arrependidos), e temos que torcer para que a nova administração federal seja eficiente e eficaz, apesar do entorno familiar e assessoria filosófica do presidente, que esqueceram que a campanha acabou e que agora é pra valer. Apesar das evidentes incapacidades do presidente para governar (até já declarou que não foi feito pra isso), a assessoria mais próxima, em particular os ministros Guedes, Onyx e Moro, que possuem mais condições intelectuais, podem e devem pelo menos tentar conter (e até adivinhar!) o que fala o presidente, que não deveria estar se expondo tanto com seus constantes desmentidos e desculpas pelos desvios às vezes incontornáveis para um presidente, que até agora não soube demonstrar a sua experiência de 27 anos no congresso nacional, onde nunca protagonizou qualquer projeto relevante, ou pronunciamentos de interesse nacional.
Tenho até me esforçado em tentar aceitar o nosso presidente, mas confesso que está dificílimo, porque ele não produz nada relevante, nada que impacte na sociedade, nada que nos encha de esperança por um viver melhor. Ele bem que tentou esquentar a política atirando pra todo lado, mas a munição está acabando, ninguém está mais ligando pra ele, muito embora hoje, os três poderes tenham sentado à mesma mesa para fumar o cachimbo da paz.
Sinceramente, estou achando que o presidente não está gostando desse momento de polarização política insossa, inodora e insípida, já que ele gosta de guerra. Vamos ter um pouco mais de paciência! Vamos aguardar que a chamada “nova política” prevaleça sobre a “velha política”, e que as reformas que os brasileiros (não os políticos) efetivamente precisam, como a da previdência, a tributária, a da segurança, a política (por que não? Reduzir os parlamentos não seria uma boa?), sejam aprovadas, e respiremos melhor. Mas para isso a articulação política do capitão terá que trabalhar. No domingo das manifestações ouvi de um amigo simpatizante do governo que o presidente não deve conversar demais com os políticos, deve sim denunciar as suas dificuldades, e se não der certo que o exército ocupe tudo (?????). Será que é isso mesmo que queremos para o Brasil? O retorno da ditadura? Duvido que 50% de quem votou em Bolsonaro queira esse retrocesso. Queremos que ele continue, sem falar besteira, sem “golden shower”, falando pouco pra não errar muito, segurando a coleira dos filhos, distanciando-se do idiota do seu guru, não atrapalhando nossas exportações com incursões indevidas na política externa, ouvindo mais o Mourão, o qual apesar de não ter a confiança dos políticos em geral, tem mais bom senso que ele, e pode ajuda-lo a segurar o leme da Presidência da República do Brasil.
Quanto a mim, sugiro que se incursione mais sobre a tecnologia aplicada à agricultura, onde a Holanda (menor que Sergipe), tem uma produtividade agrícola dez vezes maior que a nossa, que se incentive o ensino e a pesquisa, que se contenha o ímpeto egoísta de muitos políticos que querem a constituição de mais municípios, que se facilite a construção das ferrovias norte-sul e oeste-leste, que os municípios sejam mais fortalecidos, que a justiça seja mais célere e o brasileiro sinta que o poder judiciário não é só dos ricos. Estamos na Páscoa, e a pregação de Jesus foi que ele veio para servir, e não para ser servido. E o Governo, que é do povo e para o povo?

WILTON OLIVEIRA
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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Uma fase de insegurança


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

UMA FASE DE INSEGURANÇA

25.04.2019
Resultado de imagem para barco a velaOs bolsonaristas celebraram a vitória nas eleições, ufanando-se da excelência do seu líder maior em representa-los condignamente e ao Brasil, levando o nosso país a um novo patamar de desenvolvimento com as reformas anunciadas na campanha, comportamento político diferenciado, governando a nossa pátria com uma “nova política”, desdenhando dos políticos tradicionais e até dos outros poderes da República, bem como abolir atitudes de intervenção na economia.
Até o momento não podemos nos queixar (muito) das reações do mercado, pois o dólar não disparou (a subida de ontem foi por fatores externos), e os índices Bovespa estão em patamares elevados, perto dos cem mil pontos, todos na firme esperança da aprovação da reforma da previdência, da fiscal, e da judicial. Entretanto, esse “namoro” com a sociedade está sendo desgastado pelos constantes disparates “tuitados” e declarados pelo Presidente, seus filhos e seu “guru”, em números já constatados de cerca de 15%. A última pesquisa divulgada ontem não o favorece de forma alguma. Os seus eleitores estão acordando...
Não vou aqui repetir todas as bobagens declaradas, mas destacar algumas que impactam na nossa balança de pagamentos como a rusga com a China durante a visita aos Estados Unidos, a declaração do filho ao Hamas: “quero que vocês se explodam...”, a declaração de mudar a Embaixada do Brasil em Israel, para Jerusalém, logo alterada para uma representação, tudo isso pode nos causar um prejuízo só com a Liga Árabe, de mais de sete bilhões de dólares. O Brasil sempre foi extremamente diplomático com o mundo todo, não estamos em posição de estar tendo altercações que nos rendam prejuízos, por conta da ignorância ou instabilidade emocional da família Bolsonaro.
O Governo não dispõe de um grupo de apoio que o defenda no Congresso, como tinha Temer, vide o episódio da visita de Paulo Guedes à Comissão de Constituição e Justiça, na qual os deputados da oposição conseguiram desestabilizar o visitante, e o presidente da CCJ teve que suspender a sessão. De igual forma, há que se constituir um grupo de assessores que orientem o Presidente a não falar bobagens como aconteceu na saída do Museu do Holocausto, em Israel, quando afirmou que o nazismo foi uma ideologia de esquerda, quando o próprio Museu afirma que era de direita.
Recentemente Bolsonaro iniciou uma rodada de reuniões com presidentes de partidos no Congresso, em um movimento de aglutinação de forças rumo à reforma da Previdência, mas que pode resultar em quase nada se o Presidente não aceitar em fazer pelo menos um pouquinho do “toma lá, dá cá”, no que aliás parece que está se rendendo às evidências da prática do presidencialismo de coalizão.
O presidente ainda não aprendeu a governar, e tenho sérias dúvidas se isso jamais acontecerá, pois ele mesmo já confessou que nasceu para ser militar (?), o que deixa o caminho livre para o vice Mourão, cada vez mais se projetando como a voz sensata do governo, afirmando-se como alguém muito mais preparado do que o seu chefe. É meu sentimento que graças a ele, os filhos presidenciais reduziram em muito a metralhadora de bobagens que só estavam prejudicando a governança do pai, com exceção do filho vereador que apesar do “pito” do pai, continua em guerra com o vice. Alguns líderes políticos afirmam que o comportamento do filho é incentivado pelo pai.
Infelizmente esse comportamento esdrúxulo do presidente termina afetando a vida de nós cidadãos, pois os investidores seguram seus investimentos, que acarreta um freio na produção, que resulta em aumento de preços, que reduz o poder aquisitivo, que aumenta a insatisfação da população.
Pobres de nós mortais!

WILTON OLIVEIRA
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sexta-feira, 15 de março de 2019

Onde não existem excessos?


DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Onde não existem excessos?


Resultado de imagem para barco a velaUltimamente, insuflados pelo pornográfico vídeo postado pelo presidente Jair Bolsonaro, tenho visto e lido, principalmente nas redes sociais, fotos e comentários de variados atores sobre excessos praticados em público, em variados momentos, prevalecendo agora os da festa do Carnaval, todos com o nítido propósito político de creditar esses comportamentos negativos a governos anteriores. É evidente o objetivo do presidente de posar como guardião da moral e dos bons costumes, e capitalizar o movimento para o seu capital eleitoral e o dos seus filhos, sobre quem também pairam sérias dúvidas sobre a honestidade de um deles. Onde estavam as queixas de todas essas vestais ao longo de todos esses anos, em todas as festas já ocorridas, em todos os carnavais, ao longo principalmente dos últimos setenta anos, época em que surgiu o trio elétrico e incendiou o nosso carnaval?
Amigos e amigas, onde não existem excessos e exceções? Quem conhece um pouco a história antiga e a época dos imperadores em Roma, verá que imoralidades não são privilégios do carnaval do Brasil! Onde está a raiz desses desvios comportamentais? Eu arriscaria dizer que na formação da família, nos seus valores morais e religiosos e na orientação dos professores e estruturação das escolas públicas está a base na qual se espelharão essas crianças. Os desvios de conduta em filhos criados em famílias focadas para o bom desenvolvimento social, moral, em ambientes e comunidades onde as crianças têm estímulos e orientação para o esporte, são infinitamente menores.
Infelizmente conhecemos as nossas desigualdades sociais, que por falta de interferências adequadas do poder público, geram inúmeras comunidades de onde podem surgir a maioria desses delinquentes. E não é com a ampliação da posse de armas nem com a postagem de pseudo imagens chocantes, que resolveremos essa triste situação. É com educação, educação e educação!

Entre 2016 e 2017, a proporção de pessoas pobres no Brasil subiu de 25,7% para 26,5% da população, um aumento de dois milhões. Agora, são quase 55 milhões de brasileiros passando por todo tipo de privação.
Quando a gente concentra o olhar nas regiões, fica claro que o Sul tem o menor índice. Mas as regiões Norte e Nordeste têm mais de 40% da população vivendo com, no máximo, R$ 406 por mês.

A generalização do uso da internet é outro fator, de âmbito mundial, facilitador de acesso a praticamente todo e qualquer conteúdo, influenciando usos e costumes, haja visto o que tem sido apurado em praticamente todos os “smartphones” e “notebooks” dos adolescentes flagrados e apreendidos em ilícitos sociais.
Um presidente empossado deixa de ser um cidadão comum; ele tem responsabilidades que estão muito acima de qualquer um, deve ser uma referência para a sociedade, e não um alvo desta, por se comportar como um irresponsável adolescente, ignorando que tem sob seu comando toda uma estrutura que até por normas constitucionais é a responsável em garantir não só a segurança, mas prevenir e tolher determinados comportamentos nocivos à sociedade. Embora essa garantia seja extremamente difícil de ser 100% efetivada, não dá ao presidente o direito de irresponsavelmente se manifestar em público, principalmente quando essa manifestação é nociva ao universo interno, além de trazer problemas à imagem internacional do país, como temos verificado. Aliás, suas manifestações em nada têm ajudado a nossa imagem perante o mundo.  
Os excessos e as exceções jamais deixarão de existir, mas os instrumentos de combate devem ser cuidadosa e criteriosamente estudados, para que os seus efeitos sejam favoráveis ao nosso desenvolvimento.
Querer educar uma sociedade apenas expondo os seus excessos e exceções comportamentais, jamais surtirão os efeitos desejados, e poderão incitar reações contrárias e violentas.
WILTON OLIVEIRA
odisseiasentimental.blogspot.com.br