segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Cidadãos Revoltados e Desesperados

DIÁRIO DE UM CIDADÃO

Cidadãos Revoltados e Desesperados
16.08.2017

Resultado de imagem para barcos a velaNão tem como não associarmos os níveis de violência atuais com o aumento da desigualdade social, a perda dos empregos, a revolta com a corrupção desenfreada, os baixos níveis de escolaridade que tornam os jovens incapazes de assumir os novos cargos resultantes dos altos níveis tecnológicos que acompanham o atual incremento de produtividade industrial, consequência em grande parte do crescimento da robótica e da tecnologia de informação.
O crescimento do populismo na França com Marie Le Pen, a vitória de Trump nos EUA, a ascensão nas pesquisas de um certo radical militar no Brasil, tem a ver com essa perda de confiança da população nas providências dos poderes constituídos, cujos cargos são em sua grande maioria preenchidos por políticos corruptos e indignos, sendo as provas da corrupção diariamente expostas para todo o povo.
A incompetência em fornecer aos cidadãos a contra partida do pagamento dos impostos escorchantes, aumenta a insatisfação, que vem junto com a insuficiência no atendimento à saúde, à segurança pública e à educação, como exposto acima.
Os políticos, os governos e até o Judiciário estão alimentando um barril de pólvora, cada dia mais potente, que inevitavelmente explodirá a qualquer instante.
Preocupados com o conceito que a população tem sobre eles, a classe política está montando uma arma contra o cidadão, que é um projeto de lei que criminaliza pesado a quem atentar contra esses políticos, chamando-os do que eles realmente são, ou seja, corruptos e indignos, salvo raríssimas exceções.
Em que momento já ouvimos alguma declaração de qualquer governante ou político dizendo ser a favor, por exemplo, de uma redução no número de assessores, da redução do número de parlamentares, das frotas de veículos, passagens aéreas, ajuda moradia, alimentação e outros penduricalhos? Não que essas despesas impactem no orçamento, mas impactam como exemplos de seriedade.
Sigamos observando, analisando e tecendo as escolhas que faremos para as próximas eleições. Acompanhemos as discussões em torno da reforma política, em discussão no congresso, aí incluídos o financiamento público de campanhas (3 bilhões e meio) – como se as verbas recebidas das empresas não fossem oriundas do próprio poder público – o voto distrital ou distrital misto, a cláusula de barreira para os partidos, etc. Eu pessoalmente tendo a não votar em candidato que tenha ou teve mandato. Votarei nos novos corruptos, ou mesmo nulo.
E que Deus nos ajude!


WILTON OLIVEIRA

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