DIÁRIO DE UM CIDADÃO
27.06.2017
O cidadão comum nem dentro de sua casa está
protegido, pois as guerras de gangues em bairros do país resultam em tiros que
invadem essas residências, ou atingem-no nas ruas, nas portas de suas casas,
etc.
As Polícias Militares até têm se esforçado em
aumentar os seus efetivos, mas se defronta com um obstáculo intransponível, que
é a superlotação das delegacias e presídios.
Um balanço
do Sistema de Informações Penitenciárias do Ministério da
Justiça revela que a Bahia possui 10.234 presos, mas tem capacidade para
apenas 6.919; a penitenciária Lemos de Brito, a maior de Salvador, deveria
abrigar 1.030 presos, mas atende atualmente a 1.363. Em Feira de Santana,
por exemplo, a unidade deveria abrigar 340 pessoas, mas atualmente concentra
1.015.
Um estudo
realizado pelo Instituto de Pesquisa Luiz Flávio Gomes (http://www.ipclfg.com.br) verificou (a partir dos dados do IPEA – Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada) que no período compreendido entre 1994 e 2009, obtivemos
uma queda de 19,3% no número de escolas públicas do país, já
que em 1994 havia 200.549 escolas públicas contra 161.783 em 2009.
Em contrapartida,
no mesmo período, o número de presídios aumentou 253%. Isto
porque, se em 1994 eram 511 estabelecimentos, este número mais que triplicou em
2009, com um total de 1.806 estabelecimentos prisionais.
Conclusões:
1. Existe uma inversão completa de valores, quando temos mais presídios que
escolas;
2. Os policiais prendem, mas não têm para onde levar os presos; os mesmos ficam
até nas viaturas;
3. Os policiais ficam desmotivados quando têm que prender um meliante
várias vezes, e tenho certeza de que não raramente (a depender do crime) optam
por dar uma surra;
4. Os criminosos arruaceiros muitas vezes apenas são registrados e soltos,
pois o risco à sociedade é baixo;
Resumindo: O NOSSO RISCO EM SAIR ÀS RUAS É ALTO.
NÃO TEMOS ESTRUTURA QUE NOS PROTEJA DA NOSSA DOENÇA SOCIAL.
WILTON OLIVEIRA
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