segunda-feira, 28 de agosto de 2017

A encruzilhada da nossa segurança

DIÁRIO DE UM CIDADÃO

A encruzilhada da nossa segurança

27.06.2017


Resultado de imagem para barcos a velaA sociedade brasileira está em uma verdadeira encruzilhada no que diz respeito à sua segurança.
O cidadão comum nem dentro de sua casa está protegido, pois as guerras de gangues em bairros do país resultam em tiros que invadem essas residências, ou atingem-no nas ruas, nas portas de suas casas, etc.
As Polícias Militares até têm se esforçado em aumentar os seus efetivos, mas se defronta com um obstáculo intransponível, que é a superlotação das delegacias e presídios.
Um balanço do Sistema de Informações Penitenciárias do Ministério da Justiça revela que a Bahia possui 10.234 presos, mas tem capacidade para apenas 6.919; a penitenciária Lemos de Brito, a maior de Salvador, deveria abrigar 1.030 presos, mas atende atualmente a 1.363. Em Feira de Santana, por exemplo, a unidade deveria abrigar 340 pessoas, mas atualmente concentra 1.015.
Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Luiz Flávio Gomes (http://www.ipclfg.com.br) verificou (a partir dos dados do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que no período compreendido entre 1994 e 2009, obtivemos uma queda de 19,3% no número de escolas públicas do país, já que em 1994 havia 200.549 escolas públicas contra 161.783 em 2009.
Em contrapartida, no mesmo período, o número de presídios aumentou 253%. Isto porque, se em 1994 eram 511 estabelecimentos, este número mais que triplicou em 2009, com um total de 1.806 estabelecimentos prisionais.
Conclusões:
1.    Existe uma inversão completa de valores, quando temos mais presídios que escolas;
2.    Os policiais prendem, mas não têm para onde levar os presos; os mesmos ficam até nas viaturas;
3.    Os policiais ficam desmotivados quando têm que prender um meliante várias vezes, e tenho certeza de que não raramente (a depender do crime) optam por dar uma surra;
4.    Os criminosos arruaceiros muitas vezes apenas são registrados e soltos, pois o risco à sociedade é baixo;

Resumindo: O NOSSO RISCO EM SAIR ÀS RUAS É ALTO. NÃO TEMOS ESTRUTURA QUE NOS PROTEJA DA NOSSA DOENÇA SOCIAL.


WILTON OLIVEIRA

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